Bolsas se recuperam com acordo tarifário entre Trump e União Europeia

Os mercados financeiros dos Estados Unidos reagiram positivamente ao anúncio de um novo acordo comercial entre os EUA e a União Europeia (UE), estabelecido no último domingo. O pacto define tarifas de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, incluindo automóveis, evitando uma potencial guerra comercial que poderia prejudicar a economia global.

Os contratos futuros do S&P 500 subiram 0,4%, enquanto os do Nasdaq 100 avançaram 0,5%, após o índice registrar seu quinto recorde consecutivo na última sexta-feira. O euro se valorizou levemente em relação ao dólar, refletindo um clima de otimismo no mercado. A semana promete ser intensa, com reuniões do Federal Reserve e a divulgação de resultados financeiros de grandes empresas.

Expectativas para a Semana

Mais de 150 empresas do S&P 500 devem divulgar seus resultados trimestrais, incluindo gigantes como Meta, Microsoft, Amazon e Apple. Os investidores estão atentos às declarações sobre investimentos em inteligência artificial e ao desempenho financeiro, que pode influenciar o mercado. Além disso, o Federal Reserve deve manter as taxas de juros entre 4,25% e 4,5%.

O acordo comercial, que também inclui um compromisso da UE de comprar US$ 750 bilhões em energia dos EUA, é visto como um alívio para os investidores. Kyle Rodda, analista sênior da Capital.com, afirmou que o pacto prepara os mercados para um início positivo de semana, embora os participantes enfrentem uma das semanas mais movimentadas do calendário econômico.

Desdobramentos Internacionais

Enquanto isso, as tensões comerciais entre os EUA e a China devem continuar, com uma trégua tarifária sendo discutida. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-premiê chinês, He Lifeng, se reunirão em Estocolmo para tratar de questões comerciais. Na Ásia, os mercados mostraram resultados mistos, com o CSI 300 da China em alta, enquanto os índices japoneses enfrentaram quedas.

O cenário econômico global permanece dinâmico, com a expectativa de que os acordos comerciais e os resultados financeiros robustos sustentem a confiança dos investidores. A resiliência das empresas e os dados econômicos positivos têm compensado os temores de superaquecimento do mercado, com mais de 80% das empresas do S&P 500 superando as estimativas de lucro.