28 de jul 2025
Brasil busca novos aliados e diminui dependência dos Estados Unidos diante de Trump
Brasil se prepara para enfrentar tarifas de 50% dos EUA, buscando diversificação comercial e autonomia em tecnologia e defesa.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participa de um evento em São Paulo, Brasil (Foto: Nelson Almeida/AFP)
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Faltando apenas uma semana para a implementação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo Trump, o Brasil enfrenta um cenário de incerteza nas relações comerciais com os Estados Unidos. Essa medida, que pode ser vista como um bloqueio ao mercado americano, exige que o Brasil busque diversificar seus parceiros comerciais e tecnológicos.
As exportações brasileiras para os EUA representaram cerca de 12% do total em 2024, com produtos de alto valor agregado, como aeronaves da Embraer e máquinas, sendo os mais afetados. Esses itens, devido a contratos específicos e certificações, não podem ser facilmente redirecionados para outros mercados. Assim, empresas desses setores precisam urgentemente explorar novas oportunidades na Europa, Oriente Médio, África e Ásia, contando com apoio governamental, como linhas de crédito e incentivos fiscais.
Diversificação e Autonomia
Para mitigar os impactos da tarifa, o Brasil deve acelerar a ratificação do acordo comercial com a União Europeia e fortalecer laços com a Ásia, especialmente com a Índia. A integração regional com a América Latina e a África, por meio de acordos tarifários, também pode abrir novos canais de exportação.
Além disso, a dependência de infraestrutura digital americana, como a Starlink, expõe o Brasil a riscos significativos. A suspensão de serviços essenciais pode resultar em apagões em áreas remotas. Portanto, é crucial desenvolver alternativas de conectividade e expandir o uso do satélite nacional SGDC, além de migrar dados críticos para soluções nacionais.
Desafios na Defesa
As Forças Armadas brasileiras enfrentam desafios semelhantes, com sistemas críticos dependentes de tecnologia americana. A falta de suporte poderia comprometer a segurança nacional. Para contornar essa situação, o Brasil deve buscar fornecedores alternativos, como França e Alemanha, e garantir estoques estratégicos de peças.
A iminente tarifa de 50% e outras medidas punitivas exigem uma resposta estratégica do Brasil. A diversificação econômica, a autonomia tecnológica e a soberania digital são fundamentais para enfrentar essa nova realidade e fortalecer a posição do país no cenário global.
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