28 de jul 2025
EUA intensificam busca por minerais estratégicos para garantir segurança nacional
Estados Unidos buscam minerais estratégicos do Brasil em meio a tensões comerciais, após tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Aditya Suseno (Foto: Reprodução)
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Representantes do governo dos Estados Unidos manifestaram interesse nos minerais estratégicos do Brasil como uma possível moeda de negociação. Essa movimentação ocorre em resposta à recente imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, uma decisão que intensifica as tensões comerciais entre os dois países.
Os minerais estratégicos, também conhecidos como críticos, são essenciais para tecnologias de ponta e energias renováveis. Eles incluem elementos como cobalto, níquel, lítio e metais de terras raras, fundamentais para a produção de baterias, turbinas eólicas e veículos elétricos. A crescente demanda por energia renovável e a transição energética global acentuam a importância desses recursos, especialmente em um cenário onde os Estados Unidos buscam diversificar suas fontes de suprimento.
A China atualmente domina a cadeia de suprimentos desses minerais, controlando cerca de 68% da produção global de terras raras. Essa dependência gerou preocupações nos EUA, que buscam alternativas para garantir acesso a esses insumos. O Brasil, com suas vastas reservas, se torna um ator estratégico nesse contexto, podendo oferecer uma alternativa viável para os americanos.
Além disso, a inteligência artificial (IA) é outro setor que demanda uma quantidade significativa de minerais. A infraestrutura necessária para suportar a IA, como data centers, requer metais e minerais especializados, aumentando a pressão sobre as cadeias de suprimento. Com o Brasil se posicionando como um potencial fornecedor, a questão se torna ainda mais relevante.
O crescente interesse dos EUA nos recursos minerais brasileiros coloca o país em uma encruzilhada. O Brasil deve decidir se atuará como um fornecedor passivo ou se buscará agregar valor a esses recursos, garantindo contrapartidas tecnológicas e sociais em suas negociações. Essa decisão poderá moldar o futuro econômico e geopolítico do Brasil nas próximas décadas.
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