28 de jul 2025
Financiamento para imóveis despenca 63% e compromete novos lançamentos no setor
Crédito para construção civil despenca e preocupa setor, que ainda gera três milhões de empregos formais e projeta crescimento em 2025.

Obras de edifícios na Zona Portuária do Rio: CBIC projeta crescimento de 3,5% da construção civil em 2024 (Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo)
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O crédito para a construção civil no Brasil enfrentou uma queda acentuada de 62,9% nos primeiros cinco meses de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A informação foi divulgada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) nesta segunda-feira. O número de unidades habitacionais financiadas pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) caiu de 65,1 mil para 24,1 mil, enquanto o montante total financiado despencou de R$ 15,5 bilhões para R$ 7,1 bilhões.
A Cbic atribui essa retração a fatores econômicos, como juros elevados, inflação persistente e incertezas fiscais. A taxa Selic, atualmente em 15%, tem influenciado a concessão de crédito, com os bancos preferindo financiar imóveis prontos em vez de novos projetos. A economista-chefe da Cbic, Ieda Vasconcelos, destacou que o custo da construção aumentou 54,41% desde 2020, superando a inflação de 37,5% no mesmo período.
Cenário Atual
Apesar da queda no crédito, o setor da construção civil ainda apresenta um cenário positivo, com a geração de mais de 3 milhões de empregos formais pela primeira vez desde 2014. A expectativa é que o setor mantenha um crescimento de 2,3% em 2025, impulsionado por projetos já firmados. No entanto, Ieda Vasconcelos alertou que a continuidade desse crescimento depende da manutenção de um ambiente econômico favorável.
A Cbic também expressou preocupações sobre a projeção de novos lançamentos, que, embora ainda positivas, atingiram o segundo menor patamar do ano em julho. A entidade enfatiza a necessidade de novos investimentos para garantir um crescimento sustentável no setor da construção civil.
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