28 de jul 2025
Itália celebra acordo com os EUA, mas destaca desafios a serem enfrentados
Tarifas de 50% impostas por Trump a produtos brasileiros ameaçam empregos e intensificam tensões comerciais entre os países.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, em coletiva de imprensa conjunta com o presidente da Argélia em Roma, na quarta-feira, 23 (Foto: Tiziana Fabi/AFP)
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O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto, intensificando as tensões comerciais entre os países. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, comentou sobre o recente acordo comercial entre os EUA e a União Europeia, considerando-o positivo, mas ressaltou a necessidade de mais informações para uma avaliação completa.
Meloni, durante um evento na Etiópia, destacou que a escalada comercial poderia ter consequências imprevisíveis e devastadoras. A líder italiana afirmou que ainda não teve a oportunidade de discutir os detalhes do acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Ela enfatizou a importância de proteger setores sensíveis, como o farmacêutico e o automotivo, dentro de um limite tarifário de 15%.
Reações na Europa
As reações ao acordo foram diversas. O primeiro-ministro da França, François Bayrou, criticou o entendimento, chamando-o de "dia sombrio" para a aliança europeia. Ele argumentou que a UE se submeteu às exigências americanas, enquanto o ministro do Comércio Exterior francês, Laurent Saint-Martin, sugeriu que uma postura mais firme poderia ter mudado o resultado das negociações.
Em contraste, o primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, reconheceu que o acordo evitou um conflito comercial que poderia prejudicar a economia alemã. A ministra da Economia, Katherina Reiche, considerou o acordo desafiador, mas benéfico ao eliminar incertezas.
Impactos para o Brasil
O Brasil enfrenta um cenário complicado, já que Trump não fez exigências comerciais diretas, mas institucionais, demandando interferência no funcionamento democrático do país. A indústria brasileira, especialmente a de calçados, já sente os efeitos das tarifas, com 12 mil empregos ameaçados. A incerteza econômica se espalha, refletindo um momento crítico para o comércio global.
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