Stablecoins superam Solana em adoção e se destacam no uso prático

O número de carteiras que possuem stablecoins ultrapassou o de carteiras com a criptomoeda SOL, da Solana, marcando uma mudança significativa nas prioridades dos investidores. Dados da empresa Reown revelam que 38% das carteiras digitais agora contêm stablecoins, enquanto 37% possuem SOL. Esse novo cenário indica que o mercado cripto está se tornando mais maduro, com um foco crescente em ativos digitais mais estáveis.

As stablecoins, antes vistas como meras ferramentas especulativas, estão se consolidando como essenciais no ecossistema Web3. Elas facilitam pagamentos transfronteiriços, e-commerce e finanças descentralizadas (DeFi), além de se tornarem um meio prático de armazenamento de valor na economia digital em expansão. O ambiente regulatório nos Estados Unidos tem sido um fator crucial para esse crescimento, especialmente após a sanção do Genius Act, que incentivou a emissão de stablecoins por bancos e grandes empresas de tecnologia.

Avanços e Desafios

Apesar do otimismo em torno das stablecoins, o JPMorgan expressou cautela, considerando a previsão de um mercado de stablecoin valendo US$ 2 trilhões até 2028 como "excessivamente otimista". A instituição sugere que um valor mais realista seria em torno de US$ 500 bilhões. Enquanto isso, blockchains de primeira camada como Solana, Tron e BNB Chain estão se esforçando para entrar na corrida das stablecoins, mas a Ethereum continua sendo a plataforma dominante em termos de volume e valor de transação.

Entretanto, desafios como altas taxas de gás e limitações de escalabilidade na Ethereum podem abrir espaço para blockchains de alto desempenho ganharem participação de mercado no futuro. O cenário atual reflete uma transição do mercado cripto, que busca não apenas especulação, mas também aplicações práticas e sustentáveis.