AstraZeneca reafirma compromisso com o mercado americano diante de rumores de mudança

AstraZeneca, a farmacêutica britânica, anunciou um investimento de US$ 50 bilhões em fabricação e pesquisa nos Estados Unidos, com a expectativa de que o país represente 50% da receita até 2030. O CEO Pascal Soriot destacou a importância do mercado americano durante uma teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre.

Soriot afirmou que a empresa está "rapidamente transferindo a fabricação" para os EUA, visando atender à demanda local. Ele ressaltou que a presença da AstraZeneca no país é estratégica, com milhares de funcionários e um papel central na meta de alcançar US$ 80 bilhões em receita até o final da década. A farmacêutica já obteve mais de 40% de suas receitas anuais em 2024 provenientes do mercado americano.

Mudança de Listagem

Recentemente, surgiram rumores sobre uma possível mudança da listagem da AstraZeneca de Londres para os EUA. Embora a empresa tenha se recusado a comentar oficialmente, o CFO Aradhana Sarin reafirmou o compromisso com o mercado britânico. A mudança de listagem, se ocorrer, pode impactar significativamente os mercados públicos do Reino Unido.

A AstraZeneca também reportou resultados financeiros melhores do que o esperado, com receitas de US$ 14,46 bilhões no segundo trimestre, superando as estimativas de analistas. O lucro operacional ajustado foi de US$ 4,58 bilhões, acima das expectativas. A empresa manteve suas previsões de crescimento para o ano, com aumento de receita em um dígito alto e lucro por ação em um dígito baixo.

Desafios e Oportunidades

A empresa enfrenta desafios relacionados a tarifas comerciais, com a possibilidade de 15% de impostos sobre importações do setor farmacêutico para os EUA, conforme um acordo comercial entre a UE e os EUA. Apesar disso, Soriot minimizou o impacto das tarifas, afirmando que a AstraZeneca está bem posicionada para manter suas metas de vendas.

A AstraZeneca, que ganhou destaque global com o desenvolvimento de uma das vacinas contra a Covid-19, continua a priorizar o mercado americano, onde a inovação em biomedicina é considerada líder atualmente.