29 de jul 2025
China usa terras raras como moeda de troca na guerra comercial com os EUA
EUA investem $400 milhões na MP Materials para reduzir dependência da China em terras raras, essenciais para indústrias estratégicas.

Foto: Reprodução
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Os elementos terras raras são cruciais para diversas indústrias, incluindo veículos elétricos e equipamentos de defesa. A China, que controla 70% da produção e 90% do processamento desses materiais, tem mantido um monopólio significativo nesse mercado.
Recentemente, os Estados Unidos anunciaram um investimento de 400 milhões de dólares na MP Materials, a única mineradora de terras raras em operação no país, localizada na Califórnia. Este movimento visa fortalecer a cadeia de suprimentos americana, que ainda depende fortemente da China. A MP Materials, que já recebeu um empréstimo de 1 bilhão de dólares de Goldman Sachs e JPMorgan, planeja expandir suas operações de produção de ímãs.
A crescente tensão entre os EUA e a China tem transformado as terras raras em um importante ativo na guerra comercial. Em abril, a China impôs controles de exportação que afetaram severamente setores como o automotivo. Dewardric McNeal, da Longview Global, destacou que a China tem desenvolvido um "kit de ferramentas" de controle de exportação em resposta a ações que considera injustas.
Além da MP Materials, a Energy Fuels, que tradicionalmente se dedicava à mineração de urânio, começou a refinar terras raras em Utah. A empresa já produz óxido de neodímio-praseodímio em escala comercial e planeja aumentar sua capacidade de produção. O CEO Mark Chalmers afirmou que a empresa pode expandir sua oferta para incluir outros elementos raros, como disprósio e terbium, se receber o suporte financeiro adequado.
Apesar dos avanços, especialistas alertam que os EUA ainda estão longe de romper completamente a dependência da China para terras raras. A situação continua a evoluir, refletindo a complexidade das relações comerciais entre as duas potências.
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