Empresários pressionam ministros do STF antes do aumento nas tarifas públicas

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm recebido empresários preocupados com a iminente taxa de 50% que o governo dos Estados Unidos pretende aplicar sobre produtos brasileiros. As conversas têm como objetivo entender o impacto do chamado tarifaço, que pode afetar severamente o setor produtivo nacional. Os magistrados, no entanto, enfatizam que a responsabilidade de lidar com a situação é do governo Lula.

Os empresários foram aconselhados a buscar diálogo diretamente com seus parceiros nos EUA, especialmente com a administração de Donald Trump. Os ministros do STF destacaram que as pressões do presidente americano não influenciarão o julgamento de Jair Bolsonaro, que enfrenta acusações de tentativa de golpe de Estado. Apesar das preocupações, os magistrados afirmaram que não houve pedidos de empresários para que a corte atendesse a demandas relacionadas a Bolsonaro.

A lentidão do governo Lula em estabelecer um canal de comunicação com a gestão Trump também foi alvo de críticas. Empresários relataram que a falta de diálogo pode agravar a situação. O vice-presidente Geraldo Alckmin, que lidera as iniciativas sobre o tarifaço, defendeu que o governo tem buscado contato com os EUA desde março. Ele mencionou uma carta enviada em maio pelo chanceler Mauro Vieira ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que não obteve resposta.

A situação permanece tensa, com o empresariado em alerta e o governo sob pressão para agir rapidamente. A expectativa é que novas medidas sejam discutidas para mitigar os efeitos do tarifaço e garantir a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.