FMI alerta que tarifas adicionais ao Brasil podem agravar desaceleração econômica

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou suas previsões para a economia brasileira, indicando que tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos resultarão em uma desaceleração mais acentuada do que o esperado. Em coletiva de imprensa, a vice-diretora do Departamento de Pesquisa do FMI, Petya Koeva-Brooks, destacou que as tarifas já existentes sobre produtos como aço e alumínio já impactam a economia do Brasil.

O FMI agora projeta um crescimento de 2,3% para o Brasil em 2025, uma queda significativa em relação ao crescimento de 3,4% registrado no ano passado. Para 2026, a previsão é ainda mais pessimista, com uma expectativa de crescimento de apenas 2,1%. Koeva-Brooks afirmou que as tarifas adicionais podem reduzir o PIB brasileiro em até 1,4 ponto percentual.

Essas novas tarifas, que se somam às já existentes, têm o potencial de afetar diversos setores da economia. A análise do FMI sugere que a combinação de tarifas e outros fatores econômicos pode levar a um cenário desafiador para o Brasil nos próximos anos. A atualização do Relatório Perspectiva Econômica Global do FMI, divulgada nesta terça-feira, reflete essas preocupações e destaca a necessidade de monitorar de perto o impacto das políticas comerciais dos EUA sobre a economia brasileira.