29 de jul 2025
Laranja e café enfrentam desafios, mas recuperação pode ser rápida
Tarifas de 50% dos Estados Unidos podem impactar severamente exportações brasileiras de suco de laranja e café a partir de agosto.

Foto: Reprodução
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Em meio à iminente aplicação de tarifas de 50% sobre as importações brasileiras pelos Estados Unidos, a partir de 1° de agosto, o mercado de commodities enfrenta incertezas. Samuel Isaak, analista da XP, alerta que o Brasil pode perder um mercado significativo, especialmente no setor de suco de laranja e café.
Isaak destaca que o Brasil é o maior produtor de suco de laranja, enquanto os Estados Unidos são os principais consumidores. "Não temos uma alternativa muito fácil", afirma o analista, ressaltando que a falta de um mercado alternativo pode levar a uma destruição de demanda e aumento de preços nos EUA. A situação é preocupante, pois o Brasil pode não conseguir redirecionar rapidamente suas exportações.
Alternativas para o Café
No caso do café, a situação é um pouco mais favorável. Isaak menciona que, apesar da alta concentração de demanda dos EUA, existem opções de exportação. O Brasil pode enviar café verde para outros países, onde será torrado e depois vendido aos Estados Unidos, evitando assim as tarifas. "As commodities são como água. Barreiras são colocadas, mas sempre há formas de contornar", ilustra.
Além do café e suco de laranja, outras commodities, como frutas e madeira, também podem ser impactadas. O setor de carne bovina, embora tenha enfrentado uma queda nas exportações, ainda mantém uma cota anual que o Brasil preencheu rapidamente. Isaak observa que, mesmo com tarifas, o volume de exportações pode ser ajustado, pois o mercado sempre encontra alternativas.
Ajustes no Mercado
O analista acredita que o impacto das tarifas no setor de carnes não será tão significativo. "O mercado vai ter que se ajustar de alguma forma", afirma, lembrando que, após a guerra entre Rússia e Ucrânia, o comércio global encontrou soluções para suas dificuldades. A adaptação do mercado às novas tarifas será crucial para minimizar os efeitos negativos nas exportações brasileiras.
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