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30 de jul 2025

Agro reage ao tarifaço e busca alternativas para minimizar impactos econômicos

Tarifa de 50% sobre importações brasileiras pode causar perdas de até US$ 5,8 bilhões em setores como café e carne.

Café é dos setores mais afetados pelo tarifaço — Foto: Chevanon Photography/Pexels

Café é dos setores mais afetados pelo tarifaço — Foto: Chevanon Photography/Pexels

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova tarifa de 50% sobre importações brasileiras, incluindo produtos essenciais como café, carne e pesca. A medida, que entrará em vigor em 6 de agosto, gera preocupações significativas no agronegócio brasileiro, que estima perdas de até US$ 5,8 bilhões em exportações.

A tarifa, que anteriormente era de 10%, afeta diretamente setores que dependem do mercado americano. Apenas produtos como suco de laranja, castanhas e celulose foram isentos da nova taxação. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) expressou preocupação, afirmando que a situação exige uma "corrida contra o tempo" para reverter ou minimizar os danos. O diretor-executivo da entidade, Marcos Matos, destacou que as negociações agora ocorrerão "país por país", dependendo do produto.

Impactos no Setor de Carnes

Os exportadores de carne bovina enfrentam um cenário ainda mais desafiador, com tarifas que saltam de 26,4% para 76,4%. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) já prevê um impacto negativo de US$ 1 bilhão em 2025, com cerca de 200 mil toneladas de carne que deixarão de ser enviadas aos EUA. O presidente da Abiec, Roberto Perosa, enfatizou que a situação é alarmante e pode inviabilizar as exportações.

Além disso, a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca) alertou para um possível "colapso" no setor, que depende fortemente das exportações para os EUA. A interrupção dessas vendas pode levar a pedidos de recuperação judicial, afetando mais de um milhão de pescadores e suas comunidades.

Reações e Projeções

Enquanto isso, o setor de suco de laranja recebeu alívio com a isenção da nova tarifa, mantendo a taxa anterior de 10%. O Brasil é o principal fornecedor desse produto aos EUA, representando 70% das importações americanas. O diretor-presidente da CitrusBR, Ibiapaba Netto, ressaltou a responsabilidade do setor em continuar atendendo o mercado americano.

A nova tarifa também impacta o setor de máquinas agrícolas, que já enfrenta incertezas. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) revisará suas projeções de crescimento, que eram de 8% para 2024. O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas, Pedro Estevão, afirmou que a situação adiciona uma camada de incerteza que pode afetar decisões de compra.

Com a imposição dessas tarifas, o Brasil se vê diante de um desafio significativo em sua balança comercial, enquanto os setores afetados buscam alternativas e apoio governamental para enfrentar a crise.

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