30 de jul 2025
Especialista afirma que tarifaço é resultado de negociação comercial, não política
Governo brasileiro tem prazo até 6 de agosto para responder às tarifas de Donald Trump, que afetam produtos chave como café e carnes.

Suco de laranja ficou isento da lista do tarifaço de Trump (Foto: Celio Messias/Estadão)
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Desde o dia 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, gerando incertezas no comércio. A medida, oficializada em 30 de julho, inclui uma lista de exceções que isenta itens como celulose e laranja, mas mantém taxas sobre café e carnes. O governo brasileiro tem até o dia 6 de agosto para responder a essas novas diretrizes.
O impacto do tarifaço é significativo, com especialistas como Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, afirmando que a decisão de Trump transforma acordos comerciais em meras administrações de comércio. A lista de exceções, embora alivie algumas preocupações, não resolve a vulnerabilidade do Brasil frente a outras nações que conseguiram negociar acordos mais favoráveis com os EUA.
Análise das Exceções
A lista de 694 exceções publicada por Trump demonstra que a negociação é, em parte, comercial. Thiago de Aragão, diretor da Arko Advice Public Affairs, observa que a presença de isenções indica uma saída de emergência para empresas brasileiras. Ele ressalta que o Brasil deve focar em argumentações sólidas para garantir mais isenções e evitar reações precipitadas.
A situação exige que o Brasil busque alternativas e concessões que possam interessar aos EUA. Especialistas sugerem que o país deve evitar retaliações diretas, que podem ser ineficazes, e priorizar negociações bilaterais para reduzir tarifas. A falta de um racional claro nas decisões tarifárias de Trump levanta dúvidas sobre a eficácia das medidas.
Caminhos para o Brasil
O governo brasileiro deve montar um arsenal de narrativas e argumentações para negociar. A estratégia deve incluir a busca por isenções para o maior número possível de setores. Para aqueles que não conseguirem exceções, o objetivo deve ser negociar a menor tarifa possível, que deve girar entre 20% e 25%.
A resposta do Brasil pode alterar o cenário comercial, especialmente para setores que dependem do mercado americano. A análise da situação continua, com as partes interessadas aguardando as próximas movimentações do governo brasileiro.
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