Indústria de calçados enfrenta crise e vê otimismo diminuir a cada dia
Indústria calçadista brasileira enfrenta demissões e crise severa após aumento de tarifas de importação dos EUA para 50%.

Calçados (Foto: Pixabay)
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A indústria brasileira de calçados enfrenta uma crise sem precedentes devido à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar a taxa de importação para 50%. Essa medida, que entra em vigor em 6 de agosto, pode resultar na demissão de até 8 mil trabalhadores e comprometer as exportações, que já representam 22% do total do setor.
Com as exportações para os EUA crescendo 13,5% no primeiro semestre de 2025, a situação se torna ainda mais crítica. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) alerta que a nova taxa pode forçar clientes americanos a buscar alternativas em outros mercados, como Portugal, que possui tarifas menores. O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, enfatiza que a dependência do mercado americano é alarmante, pois o Brasil exporta 13% de sua produção total de calçados.
Impactos Diretos
A crise já se reflete em férias coletivas e paralisações na cadeia de insumos. Ferreira destaca que a indústria não possui alternativas viáveis, já que os produtos são fabricados sob encomenda para o mercado americano, inviabilizando a redirecionamento para o mercado interno. A situação é preocupante, pois a maioria dos fabricantes depende exclusivamente das exportações para os EUA.
O setor pleiteia junto ao governo brasileiro uma prorrogação do prazo para a implementação da nova taxa. Ferreira menciona que, apesar das tentativas de diálogo com o governo, os avanços têm sido limitados. A Abicalçados busca medidas como a criação de linhas de crédito e a reedição do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) para mitigar os efeitos da nova política comercial.
Cenário Futuro
A incerteza paira sobre o futuro da indústria calçadista. Com a possibilidade de demissões e a perda de mercado, a situação exige ações rápidas e eficazes. O setor, que emprega quase 300 mil pessoas, pode enfrentar consequências severas se a taxação entrar em vigor sem uma solução viável. A pressão sobre o governo brasileiro aumenta, enquanto a indústria aguarda uma resposta que possa evitar um colapso iminente.
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