Rio Tinto registra menor lucro em cinco anos devido à queda do minério de ferro

A Rio Tinto anunciou seu menor lucro em cinco anos, totalizando US$ 4,81 bilhões no primeiro semestre de 2023, uma queda de 16% em relação ao ano anterior. O resultado foi impactado pela estagnação da demanda chinesa por minério de ferro e tarifas dos EUA, levando à menor distribuição de dividendos em sete anos, com um pagamento de US$ 1,48 por ação.

O CEO que deixa o cargo, Jakob Stausholm, destacou que a empresa está em "boa forma", apesar dos desafios. Ele mencionou que a Rio Tinto está focada em aumentar a eficiência operacional e reduzir as emissões de carbono em 50% até 2030. Simon Trott, atual chefe da unidade de minério de ferro, assumirá a liderança em 25 de agosto.

Os preços do minério de ferro caíram 15%, refletindo a redução na produção de aço na China, principal consumidor. A mineradora também enfrentou um aumento nos custos operacionais, que subiram para US$ 24,3 por tonelada métrica úmida em suas operações em Pilbara, na Austrália Ocidental. A expectativa é que a Rio Tinto mantenha sua meta de embarque entre 323 milhões e 338 milhões de toneladas para o ano.

No setor de lítio, a demanda tem se mostrado robusta, especialmente para baterias estacionárias, que dobraram em relação ao ano anterior. Stausholm não comentou sobre o impacto das tarifas de cobre nos EUA, mas indicou que a demanda por cobre pode crescer devido à energia exigida pelos data centers, podendo dobrar a demanda de cobre dos EUA para 4 milhões de toneladas.