31 de jul 2025
Ambev decepciona no segundo trimestre e gera reações negativas entre analistas
Ambev enfrenta desafios com queda de volume de cerveja e lucro abaixo do esperado, levando analistas a reavaliar ações da empresa.

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A Ambev (ABEV3) divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) nesta quinta-feira (31), revelando uma queda de 9% no volume de cerveja no Brasil e um lucro líquido 7% abaixo das expectativas do mercado. O Goldman Sachs classificou os resultados como fracos, destacando a pressão inflacionária e a crescente concorrência, especialmente da Heineken, como fatores que impactaram o desempenho da empresa.
A receita líquida da Ambev alcançou R$ 20,1 bilhões, uma alta modesta de 0,2% em relação ao ano anterior, mas 4,6% abaixo das previsões do JPMorgan. O volume de cerveja no Brasil caiu 8,9% em comparação com o mesmo período de 2024, superando a projeção de queda de 4% do banco. O Ebitda normalizado foi de R$ 6,153 bilhões, um aumento de 5,9% na comparação anual, beneficiado por despesas menores do que o esperado.
O lucro líquido normalizado foi de R$ 2,832 bilhões, com um crescimento de 15,2% em relação ao ano anterior, mas ainda assim ficou ligeiramente abaixo das expectativas. A XP Investimentos observou que o trimestre foi desafiador, com volumes afetados por condições climáticas adversas e custos crescentes, além de reajustes de preços. A corretora acredita que a Ambev está melhor posicionada para o segundo semestre, apesar da pressão de custos.
Expectativas do Mercado
Os analistas do JPMorgan e do Goldman Sachs preveem uma reação negativa das ações da Ambev no mercado. O Goldman Sachs reiterou sua recomendação de venda, com um preço-alvo de R$ 11,70, enquanto o JPMorgan manteve uma recomendação neutra e um preço-alvo de R$ 16. A XP também espera uma reação negativa, mas ressalta que a teleconferência da empresa poderá influenciar as expectativas futuras.
O Bradesco BBI destacou que os resultados marcam uma mudança na abordagem da Ambev, que parece disposta a aumentar preços em um cenário competitivo. No entanto, a falta de sinais de recuperação no poder de precificação da empresa limita as expectativas de surpresas positivas nos lucros. O dividendo intermediário de R$ 2 bilhões foi considerado um passo positivo, mas os investidores aguardam mais clareza sobre a estratégia de capital da companhia.
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