Bradesco aguarda pareceres de escritórios dos EUA sobre a Lei Magnitsky

O Bradesco (BBDC4) está analisando o impacto da Lei Magnitsky após as sanções do governo dos EUA ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. O CEO da instituição, Marcelo Noronha, afirmou que o banco aguarda pareceres de escritórios jurídicos americanos para compreender melhor a abrangência da legislação.

Em coletiva após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025, Noronha destacou que, embora operações em reais não sejam afetadas, há incertezas sobre transações em dólar. O entendimento inicial sugere que qualquer movimentação do ministro que envolva a moeda americana está proibida. Isso inclui o uso de cartões de crédito internacionais, que ainda gera dúvidas entre os bancos.

Contexto da Lei Magnitsky

A Lei Magnitsky, sancionada em 2012, visa punir autoridades de regimes que violam direitos humanos. O nome da lei é uma homenagem ao advogado russo Sergei Magnitsky, que denunciou corrupção e morreu em uma prisão em Moscou. Desde sua promulgação, a legislação foi ampliada para incluir sanções contra violadores de direitos humanos em qualquer país.

Noronha expressou a esperança de que a situação seja resolvida diplomaticamente, minimizando impactos nas operações do Bradesco nos EUA. A instituição possui uma presença significativa no mercado americano, com uma agência e duas broker-dealers, o que torna a análise da legislação crucial para a continuidade de suas atividades.