31 de jul 2025
Distribuidoras de energia aumentam investimentos para atender novas regras contratuais
Setor de energia investirá R$ 145 bilhões até 2028, focando em modernização, digitalização e combate a fraudes na distribuição.

Concessionárias ampliam equipes para manter e reparar redes (Foto: Divulgação/EDP)
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O setor de distribuição de energia no Brasil está prestes a passar por transformações significativas, com a renovação de contratos de 19 companhias até 2031. As novas regras de concessão visam combater o furto de cabos, instalações clandestinas e enfrentar eventos climáticos extremos, como tempestades e enchentes. A digitalização das redes também será um foco central, com investimentos projetados de R$ 145 bilhões até 2028.
As distribuidoras buscaram o reconhecimento de custos relacionados a essas iniciativas, permitindo que repassem despesas às tarifas. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) planeja incluir metas de eficiência para a recomposição de serviços após interrupções e um plano específico para áreas com alta incidência de furto de energia. A participação dos consumidores nos planos de ação das distribuidoras será ampliada, com consultas durante o ciclo tarifário de quatro anos.
Marcos Madureira, presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), destaca que os investimentos no setor aumentaram de R$ 18 bilhões em 2021 para R$ 39 bilhões em 2023. Até 2028, 40% dos recursos serão destinados à modernização e digitalização das redes, permitindo identificação automática de falhas e religação sem deslocamento de equipes.
Iniciativas e Desafios
As distribuidoras estão intensificando ações para mitigar perdas, que podem chegar a 17% do volume de energia no mercado de baixa tensão em 2024. Iniciativas incluem inspeções mais rigorosas e adoção de tecnologias de inteligência para identificar irregularidades. A Enel, por exemplo, está investindo em tecnologia para aumentar a resiliência da rede, especialmente após interrupções causadas por chuvas em São Paulo.
A EDP, que renovou seu contrato no Espírito Santo, planeja investir R$ 10 bilhões até 2030 em modernização e combate a fraudes. A Cemig, com mais de nove milhões de clientes, também foca na digitalização, com a meta de aumentar o número de medidores inteligentes de 400 mil para mais de 1,5 milhão.
O setor enfrenta um momento de profundas transformações, impulsionado pela necessidade de modernização e pela pressão regulatória. As distribuidoras estão se adaptando a um novo perfil de consumidor, que exige mais eficiência e qualidade no fornecimento de energia.
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