JPMorgan decide monetizar dados bancários e intensifica competição com fintechs
JPMorgan Chase & Co. planeja cobrar por acesso a dados bancários, gerando preocupações sobre custos e acesso a serviços financeiros.

JPMorgan propõe cobrança por acesso a dados de clientes e reacende debate com fintechs (Foto: Mike Segar/File Photo/Reuters)
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O JPMorgan Chase & Co. anunciou planos para cobrar agregadores de dados financeiros pelo acesso às informações bancárias de seus clientes, gerando polêmica no setor. A decisão ocorre menos de um ano após a implementação da regra de open banking do Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), que garante aos consumidores o direito de acessar e compartilhar seus dados sem custos.
A proposta do banco provocou reações imediatas de empresas de tecnologia e organizações de consumidores, que alertam que essa cobrança pode aumentar os custos operacionais e restringir o acesso a serviços financeiros. O JPMorgan defende que a nova abordagem visa compensar os investimentos em infraestrutura e segurança, ressaltando que os dados são frequentemente acessados sem autorização direta dos clientes.
Impactos no Setor
A cobrança planejada poderá ser repassada a fintechs, impactando diretamente os consumidores finais. Analistas estimam que o impacto financeiro no setor pode chegar a centenas de milhões de dólares, especialmente para empresas menores que oferecem serviços de gestão financeira. Atualmente, agregadores como Plaid e MX Technologies já cobram taxas das fintechs para acesso a dados, e o JPMorgan pretende adotar uma estrutura de preços que pode ser até 1.000% superior a algumas tarifas atuais.
Além disso, o banco está em negociações com empresas e anunciou uma parceria com a Coinbase para facilitar a conexão entre contas bancárias e carteiras de criptomoedas. A proposta gerou críticas de defensores do consumidor, que comparam o controle de dados bancários ao direito dos pacientes sobre seus registros médicos.
Reação do Setor e Futuro do Open Banking
Entidades como a Financial Technology Association e a National Retail Federation enviaram uma carta à Casa Branca, solicitando apoio às regras de open banking e criticando a postura dos grandes bancos. O CFPB, por sua vez, anunciou que irá reconsiderar a regulamentação, o que suspende a regra de open banking por tempo indeterminado. A revisão pode levar anos e dependerá de futuras administrações, gerando incertezas sobre o futuro do acesso a dados financeiros nos Estados Unidos.
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