Trump define prazos para novas tarifas que impactam exportações do Brasil

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, anunciou um aumento significativo nas tarifas sobre produtos brasileiros, que agora chega a 50%. A nova taxa, que entra em vigor no dia 6 de agosto, é uma resposta a práticas do Brasil que, segundo a Casa Branca, representam uma ameaça à segurança nacional dos EUA.

A ordem executiva, assinada em 30 de julho, estabelece que a tarifa de 50% se aplica a 35,9% das exportações brasileiras, totalizando cerca de US$ 14,5 bilhões em 2024. Produtos como café e carne bovina estão entre os mais afetados, enquanto cerca de 44,6% das exportações brasileiras para os EUA permanecerão isentas, incluindo itens como aeronaves e petróleo.

Isenções e Impactos

As mercadorias que já estão em trânsito antes da nova tarifa não serão afetadas, desde que cheguem aos EUA até 5 de outubro. Isso significa que produtos que partirem do Brasil até 6 de agosto e chegarem ao destino dentro do prazo estarão isentos da nova taxa. A medida, no entanto, pode inviabilizar a competitividade de setores-chave da economia brasileira.

O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já iniciou negociações com os EUA para mitigar os impactos da tarifa. Especialistas alertam que a nova política tarifária pode prejudicar severamente a economia, especialmente nas áreas de agricultura e manufatura.

Justificativas e Reações

A justificativa do governo americano para a imposição da tarifa inclui alegações de que o Brasil tem adotado práticas que ameaçam direitos humanos e a liberdade de expressão. Além disso, a administração Trump anunciou uma investigação contra o Brasil por práticas comerciais desleais, o que pode resultar em punições adicionais.

O cenário atual gera preocupações sobre o futuro das relações comerciais entre Brasil e EUA. O governo brasileiro busca alternativas para minimizar os danos e explorar novos mercados, especialmente na Europa e na Ásia, caso as tarifas se mantenham.