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01 de ago 2025

Caos e incerteza marcam busca por acordo tarifário com Trump

Negociações entre Tailândia e Vietnã buscam reduzir tarifas dos EUA, mas desafios políticos e exigências complicam os acordos comerciais

Economias voltadas para exportação, como a Tailândia, têm se apressado para conseguir um acordo comercial e evitar as altas tarifas do presidente Trump. (Foto: Getty Images)

Economias voltadas para exportação, como a Tailândia, têm se apressado para conseguir um acordo comercial e evitar as altas tarifas do presidente Trump. (Foto: Getty Images)

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O governo dos EUA, sob a presidência de Donald Trump, implementou tarifas elevadas sobre produtos importados, impactando fortemente a economia da ASEAN. As tarifas chegaram a 49% em alguns casos, afetando setores como eletrônicos na Tailândia e Vietnã, e vestuário no Camboja.

Recentemente, Tailândia e Vietnã iniciaram negociações para reduzir essas tarifas, mas enfrentaram desafios políticos internos e exigências dos EUA, como acesso ao mercado agrícola. A Tailândia, que inicialmente enfrentou uma tarifa de 36%, conseguiu um acordo que diminui a taxa para 19%, finalizado às vésperas do prazo estipulado por Trump, em 1º de agosto.

O Vietnã, por sua vez, foi o primeiro a negociar e anunciou uma redução da tarifa de 46% para 20%, embora detalhes sobre o acordo sejam escassos e a liderança vietnamita não tenha confirmado oficialmente os termos. As exportações do Vietnã para os EUA totalizaram 137 bilhões de dólares em 2024, representando cerca de 30% do PIB do país.

Desafios nas Negociações

Os desafios enfrentados pela Tailândia incluem um governo fraco e fragmentado, além de questões de política interna que complicaram as negociações. A recente repatriação de 40 uigures para a China, desconsiderando advertências dos EUA, gerou tensões que ainda reverberam nas discussões sobre tarifas.

Além disso, a exigência dos EUA por acesso ao mercado agrícola da Tailândia, que é altamente protegido, representa um obstáculo significativo. O setor agrícola, dominado por grandes empresas como o CP Group, resiste à abertura para a concorrência americana, temendo a sobrevivência de produtores locais.

Impacto Econômico

A incerteza gerada pelas tarifas tem preocupado os fabricantes tailandeses, que dependem fortemente do mercado americano. Empresas como a SK Polymer, que produz componentes para eletrodomésticos, alertam que tarifas de 36% seriam devastadoras. A expectativa é que uma tarifa de 20% seja mais gerenciável, permitindo que os negócios se adaptem.

Os fabricantes de eletrônicos também compartilham essa visão. Richard Han, CEO da Hana Microelectronics, afirma que uma tarifa em torno de 20% seria aceitável, pois não afastaria os compradores. Contudo, a questão da transposição de produtos, onde a produção chinesa é desviada para a ASEAN, continua a ser uma preocupação.

As negociações em andamento refletem a complexidade do comércio global, onde a dependência de cadeias de suprimento da China torna difícil atender às exigências dos EUA. As incertezas sobre as regras do comércio internacional sob a administração Trump continuam a afetar a estratégia econômica da região.

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