Vale pode expandir significativamente sua atuação no mercado de cobre, afirma CFO

A Vale (VALE3) anunciou um crescimento de 53% na geração de caixa do cobre no segundo trimestre de 2023, totalizando US$ 538 milhões. O vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores, Marcelo Bacci, destacou a demanda robusta por cobre e níquel, essenciais para a transição energética global. A mineradora também obteve a licença prévia para o projeto Bacaba, que visa estender a vida útil do complexo de Sossego, com uma produção média anual de 50.000 toneladas de cobre ao longo de oito anos.

Bacci enfatizou que o cobre é um produto estratégico para a Vale, com potencial de crescimento significativo no mercado. O programa "Novo Carajás" também é uma prioridade, focando na produção de cobre, embora o minério de ferro continue sendo relevante. O executivo mencionou que os efeitos dos projetos ainda são marginais, mas a companhia está comprometida em avançar com eles nos próximos anos.

Apesar do otimismo em relação ao cobre, o níquel enfrenta desafios, com um excesso de oferta global que pressiona os preços para baixo. Bacci observou que a demanda permanece estável, mas a oferta excessiva é um fator preocupante. No que diz respeito ao minério de ferro, a Vale vê um comportamento de demanda robusto, com uma oferta estável que contribui para a estabilização dos preços.

A mineradora encerrou o trimestre com uma dívida líquida de US$ 17 bilhões, mantendo a meta entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões. Bacci também comentou sobre a pequena participação dos Estados Unidos como destino dos produtos da Vale, representando apenas 3% da receita. Ele afirmou que a empresa está avaliando alternativas para mitigar possíveis impactos de tarifas e custos nas importações, já que apenas 5% dos insumos vêm dos EUA.