Minidólar (WDOU25) cai com tensões globais e gera alerta para a moeda brasileira

Em um dia marcado por fortes oscilações nos mercados financeiros, o dólar recuou quase 1% no Brasil, fechando a sexta-feira (1) a R$ 5,5453. Esse movimento foi impulsionado por dados de emprego dos Estados Unidos, que mostraram a criação de apenas 73 mil vagas fora do setor agrícola em julho, muito abaixo das 110 mil esperadas. O resultado enfraqueceu o dólar globalmente, ofuscando o impacto das novas tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump, que afetam diversos países, incluindo o Brasil.

Reação do Governo Brasileiro

No cenário interno, a produção industrial apresentou um crescimento modesto de 0,1% em junho, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou para 0,37% no fim de julho. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou as tarifas norte-americanas, classificando-as como injustificadas e prometeu ações de proteção à indústria nacional e ao agronegócio. Essa postura reflete a preocupação do governo em mitigar os efeitos negativos das medidas de Trump.

Análise do Mercado

Os contratos de minidólar (WDOU25), com vencimento em setembro, fecharam a última sessão em queda de 1,21%, cotados a 5.581 pontos. A forte baixa empurrou os preços para abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, indicando fraqueza compradora no curto prazo. Para que o mercado retome o movimento de alta, será crucial que os compradores consigam romper a resistência em 5.589/5.603.

A continuidade da tendência de baixa poderá ser confirmada com o rompimento do suporte em 5.577/5.568. Caso isso ocorra, o minidólar pode acelerar a queda até as regiões de 5.563/5.548 e, em um cenário mais extremo, buscar os 5.520/5.509 pontos. O Índice de Força Relativa (IFR) está em 45,59, ainda em zona neutra, refletindo a incerteza do mercado.