Fintechs e bancos apostam em parcelamento sem juros para expandir mercado global
O modelo "compre agora, pague depois" cresce no Brasil e no mundo, com US$ 342 bilhões em 2024 e aumento da inadimplência em meio à expansão do crédito B2B

Escritório da startup sueca Klarna: a empresa já movimenta bilhões com crédito parcelado sem juros (Foto: Klarna/Divulgação)
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O modelo "compre agora, pague depois" (BNPL) se consolidou como uma tendência global, movimentando US$ 342 bilhões em 2024. Essa modalidade, que permite aos consumidores parcelar pagamentos, ganhou destaque em diversos setores, incluindo o B2B, atraindo a atenção de bancos e fintechs.
O BNPL, que já era uma prática comum no Brasil sob a forma de crediário, agora se moderniza e se expande. O sistema permite que os consumidores paguem suas compras em até quatro parcelas, muitas vezes sem juros, aumentando o poder de compra. De acordo com dados, aqueles que utilizam o BNPL gastam, em média, 20% a mais do que os que pagam à vista.
Crescimento no Setor B2B
O potencial do BNPL no crédito para empresas é significativo. Nos Estados Unidos, o mercado de pagamentos a prazo movimenta cerca de US$ 4,9 trilhões em contas a pagar, valor que supera em quatro vezes os saldos em cartões de crédito. Startups como Billie e Hokodo estão liderando essa transformação, oferecendo soluções de parcelamento para pequenas empresas.
Embora o crescimento do BNPL seja notável, a inadimplência também tem aumentado. A proporção de usuários que atrasaram pagamentos subiu de 15% em 2021 para 24% em 2024. Apesar disso, a taxa de inadimplência geral do BNPL permanece inferior à dos cartões de crédito, com 2% contra 10%.
Inovação e Concorrência
Empresas tradicionais, como PayPal e JPMorgan Chase, estão ampliando suas ofertas de BNPL. O PayPal, por exemplo, processou US$ 33 bilhões em compras via BNPL em 2024, com um crescimento anual de cerca de 20%. Para financiar essa expansão, plataformas têm vendido suas carteiras de crédito, atraindo investidores interessados em dívidas de curto prazo.
A inclusão do histórico de uso do BNPL em sistemas de pontuação de crédito pode beneficiar consumidores responsáveis. Estudos indicam que o uso consciente desse modelo pode melhorar a avaliação de crédito, destacando a importância de um consumo responsável. O BNPL, que começou como uma prática comum no Brasil, agora se estabelece como um fenômeno global em ascensão.
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