Beijing incentiva aumento da natalidade e empresas se preparam para pais da Gen Z
Governo chinês oferece subsídios para aliviar custos de criação, mas marcas enfrentam críticas por aumentos de preços imediatos

Um pai caminha pela rua segurando uma criança em Hangzhou, China, em 17 de janeiro de 2025. (Foto: Costfoto | Nurphoto | Getty Images)
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O mercado de cuidados infantis na China, avaliado em 4,63 trilhões de yuan (cerca de 645 bilhões de dólares), enfrenta desafios devido à queda nas taxas de natalidade e mudanças nas preferências dos consumidores, especialmente entre os pais da geração Z. Recentemente, o governo chinês anunciou um programa de subsídios para criação de filhos, oferecendo 3.600 yuan (aproximadamente 503 dólares) por ano para cada criança com menos de três anos, visando aliviar a pressão financeira sobre os jovens pais.
As marcas de produtos infantis, no entanto, enfrentam críticas após aumentos de preços logo após o anúncio dos subsídios. Um exemplo notável foi o aumento do preço de um pacote de lenços umedecidos, que saltou de 39 yuan para 119 yuan em apenas um dia. Essa reação negativa nas redes sociais destaca a nova postura dos pais da geração Z, que são mais exigentes e rápidos em criticar marcas que consideram abusivas.
Os pais chineses, cada vez mais influenciados por valores modernos, priorizam experiências para os filhos, como aulas de golfe e viagens de esqui. Joe Ngai, da McKinsey & Company, observa que esses consumidores são mais digitais e cosmopolitas, resultando em um mercado premium em ascensão. As empresas que oferecem programas de enriquecimento e viagens familiares estão se beneficiando desse novo perfil de consumidor.
Apesar da queda nas taxas de natalidade, a China ainda teve quase três vezes mais nascimentos em 2024 do que os Estados Unidos, o que torna o setor de cuidados infantis um alvo atraente. No entanto, a queda nas taxas de fertilidade e o aumento dos custos de criação de filhos, que são 6,3 vezes o PIB per capita, continuam a ser preocupações para os jovens casais. A combinação de pressões financeiras e a necessidade de equilibrar carreira e família tem levado muitos a adiar a decisão de ter filhos.
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