Heineken destina R$ 1,2 bilhão para ampliar produção em fábrica de Pernambuco

A Heineken inaugurou, em 6 de agosto de 2025, a expansão de sua cervejaria em Igarassu, Pernambuco, com um investimento de R$ 1,2 bilhão. O projeto triplica a capacidade produtiva da unidade, tornando-a a maior produtora de Amstel no Nordeste. A nova estrutura atenderá mercados estratégicos em estados como Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Alagoas, Paraíba e Sergipe.

O crescimento da Heineken na região é impulsionado pela demanda crescente, especialmente pela marca Amstel, que teve um aumento de 15% nas vendas no primeiro semestre de 2025. Mauro Homem, vice-presidente de sustentabilidade e assuntos corporativos, destacou que a expansão é um marco para a empresa, reforçando sua estratégia de crescimento no Brasil.

Sustentabilidade e Empregos

A unidade de Igarassu se destaca por ser a maior linha de garrafas retornáveis do grupo no Brasil, promovendo a circularidade de materiais. A planta será 100% abastecida por energia renovável, principalmente biomassa, contribuindo para a redução das emissões de carbono. A expansão também gerou 130 novos empregos permanentes e mais de 700 vagas temporárias durante a construção.

Nos últimos três anos, a Heineken conseguiu reduzir o consumo de água em 30% na produção, utilizando tecnologias avançadas para minimizar o desperdício. Homem ressaltou a importância desse esforço em regiões com estresse hídrico, como Pernambuco.

Desempenho Financeiro

Apesar de desafios globais, a Heineken registrou uma receita de € 7,64 bilhões no segundo trimestre de 2025, embora tenha enfrentado uma queda de 4,1% em relação ao ano anterior. No Brasil, a receita líquida teve uma queda orgânica de um dígito médio no primeiro semestre. Contudo, a marca Amstel se destacou com crescimento, impulsionado por parcerias estratégicas, como a com a CONMEBOL Libertadores.

Analistas de mercado apresentaram reações mistas ao desempenho da Heineken. O Bradesco BBI adotou uma postura cautelosa, enquanto o HSBC elevou sua recomendação para "Strong Buy", destacando o potencial de crescimento das marcas premium. O Itaú BBA também se mostrou otimista, acreditando que ajustes de preços podem ajudar a recuperar margens de lucro.