Gigantes das bebidas nos EUA solicitam alívio nas tarifas a Trump

As tarifas sobre a importação de vinhos e destilados da União Europeia, implementadas pelo governo Trump, estão gerando preocupações no setor de bebidas alcoólicas dos Estados Unidos. Com a aproximação das festas de fim de ano, a coalizão Toasts not Tariffs, composta por 57 associações, enviou uma carta à Casa Branca solicitando a suspensão dessas tarifas. O grupo alerta que as medidas podem resultar em perdas de até US$ 2 bilhões e a eliminação de 25 mil empregos.

As tarifas, que entraram em vigor na quinta-feira, 6, incluem uma alíquota de 15% sobre a maioria dos produtos europeus. A carta enfatiza a urgência de um acordo entre os EUA e a UE para um comércio justo de bebidas alcoólicas, especialmente em um período crítico para as vendas. "À medida que nos aproximamos da temporada crítica de fim de ano, imploramos que este acordo seja fechado o mais rápido possível", destaca o documento.

Embora a União Europeia tenha decidido pausar por seis meses as tarifas retaliatórias, outros países, como Suíça e Índia, enfrentam taxas ainda mais altas, de 39% e 50%, respectivamente. A coalizão, que inclui grandes nomes do setor, como Beam Suntory e Brown-Forman, já havia enviado uma carta anterior em janeiro pedindo a exclusão do setor das tarifas.

Fabricantes de bourbon do Kentucky, que representa 95% da produção mundial da bebida, também estão pressionando por uma revisão das tarifas. A Kentucky Distillers’ Association já alertou sobre as consequências negativas das retaliações, especialmente após o Canadá anunciar um boicote ao álcool americano.