Poucos bilionários aderem ao Pledge da doação e impacto na filantropia

Em 2010, Bill Gates, Melinda French Gates e Warren Buffett lançaram o Giving Pledge, um compromisso que incentivava bilionários a doarem a maior parte de suas fortunas para a caridade. Atualmente, a adesão ao programa estagnou, com apenas 256 signatários, representando 12% dos bilionários dos Estados Unidos, segundo o Instituto de Estudos Políticos.

Desde o início, o Giving Pledge atraiu 40 das famílias mais ricas da América, mas o número de novos signatários tem diminuído. Em 2020, mesmo com a pandemia, apenas 12 novos membros se juntaram ao compromisso. Em maio deste ano, 11 novos bilionários assinaram, um aumento em relação ao recorde baixo de quatro em 2024.

Mudanças na Filantropia

Nos últimos dez anos, o número de bilionários no mundo cresceu mais de 50%, totalizando 2.891, com uma riqueza combinada de US$ 15,7 trilhões. Essa rápida acumulação de riqueza pode estar dificultando a doação significativa por parte dos signatários. Chuck Collins, do IPS, afirmou que muitos bilionários precisam de tempo para se adaptar a essa nova realidade.

Embora o Giving Pledge tenha mostrado sinais de estagnação, novas formas de filantropia estão emergindo. O investimento de impacto, que combina lucro e responsabilidade social, tem atraído a atenção de bilionários mais jovens. Larry Ellison, da Oracle, por exemplo, alterou seu compromisso para focar em pesquisa tecnológica, enquanto Marc Andreessen defende que a inovação tecnológica é uma forma de filantropia.

O Futuro do Giving Pledge

A recente decisão de Bill Gates de doar quase toda sua fortuna nos próximos 20 anos pode trazer um novo impulso ao Giving Pledge. Amir Pasic, da Indiana University, acredita que essa ação pode revitalizar o compromisso ou, alternativamente, torná-lo um clube privado menos relevante. A evolução da filantropia entre os bilionários continua a ser um tema de debate, refletindo mudanças nas prioridades e abordagens de doação.