13 de jul 2025
Livros revelam tudo sobre hummus e receitas como símbolos de paz
O livro "Jerusalém" destaca a culinária como símbolo de união entre judeus e árabes, explorando a origem do hummus e suas variações.

Diferentes hummus dispostos em uma mesa. É uma imagem pertencente ao livro 'Hummus', de Malin e Nimrod Regev (Col&Col Ediciones). (Foto: CHRISTIAN GUSTAVSSON)
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A culinária mediterrânea, celebrada por sua diversidade e riqueza cultural, ganha novo destaque com o livro "Jerusalém", de Yotam Ottolenghi e Sami Tamimi. A obra, que reflete a convivência pacífica entre judeus e árabes, aborda a disputa sobre a origem do hummus, propondo receitas que simbolizam a unidade através da comida.
Marcel Boulestin, chef francês, já afirmava que a paz começa onde se utiliza o alho na cozinha. Essa afirmação ressoa com a visão de Alain Ducasse, que em seu livro "Cozinha Mediterrânea" homenageia a riqueza dos encontros culturais à beira-mar. Ambos os chefs destacam a importância de ingredientes como alho, berinjela e tomate, que são fundamentais na culinária da região.
No livro "Jerusalém", os autores ressaltam que todas as culturas que habitam a cidade utilizam ingredientes comuns, como pepinos e tomates, para criar pratos que transcendem fronteiras. Eles afirmam que o diálogo entre judeus e árabes se intensifica quando se trata de comida, com mercados e restaurantes servindo como espaços de interação.
A disputa sobre a origem do hummus é um tema recorrente, com Ottolenghi e Tamimi mencionando que a maioria acredita que os árabes de Levante e os egípcios foram os primeiros a prepará-lo. No entanto, a hegemonia palestina na receita é frequentemente defendida. O livro também sugere diversas variações do prato, como o hummus básico e o musabaha, que são acompanhados por ingredientes frescos e saborosos.
A culinária mediterrânea, portanto, não é apenas uma questão de receitas, mas um reflexo da convivência entre culturas. O livro "Hummus", de Malin e Nimrod Regev, também se destaca, oferecendo cinquenta receitas que exploram a versatilidade do prato. Assim, a gastronomia se torna um poderoso símbolo de união e diálogo em um mundo muitas vezes dividido.
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