16 de jul 2025
Seu filho fala sozinho? Entenda o que a psicologia diz sobre esse comportamento
Especialistas alertam para a importância de monitorar adolescentes que falam sozinhos, identificando sinais de angústia ou comportamentos atípicos.

Foto: Reprodução
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Você já notou seu filho falando sozinho? Esse comportamento é comum entre adolescentes e pode ser um sinal de autorregulação emocional. Especialistas afirmam que, ao verbalizar pensamentos, os jovens processam emoções e organizam ideias, especialmente em uma fase de intensas mudanças.
De acordo com André Sena Machado, psicólogo clínico, falar sozinho pode ajudar na resolução de problemas e na expressão criativa. Artur Costa, professor da Associação Brasileira de Psicanálise Clínica, complementa que esse hábito é uma forma de "pensar em voz alta", permitindo que os adolescentes façam sentido do que estão vivenciando.
Entretanto, é fundamental estar atento a sinais de angústia. Quando o comportamento se torna excessivo e é acompanhado de inquietação, dificuldade de concentração ou insônia, pode indicar problemas mais sérios, como ansiedade. O psicólogo alerta que, se o jovem demonstra desconexão da realidade ou mudanças abruptas de comportamento, é necessário buscar ajuda profissional.
Sinais de Alerta
Falar sozinho, por si só, não é um indicativo de esquizofrenia. Contudo, é importante observar se há dificuldades em discernir realidade de fantasia ou queda no rendimento escolar. Essas situações podem justificar uma avaliação psiquiátrica. Casos raros de esquizofrenia na adolescência costumam surgir com prejuízos no funcionamento diário.
Adolescentes no espectro autista também podem apresentar esse comportamento, muitas vezes como parte de estratégias de autorregulação ou ecolalia. Para eles, falar sozinho pode ajudar a processar estímulos sensoriais e reduzir a ansiedade. Contudo, se isso interferir nas interações sociais, uma avaliação se faz necessária.
Os especialistas ressaltam que, se o adolescente está feliz e criativo, não há motivo para preocupação. A intervenção deve ocorrer apenas se forem identificados sinais de angústia ou comportamentos atípicos. Conversar de forma empática e buscar orientação profissional pode ser essencial para garantir o bem-estar do jovem.
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