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27 de jul 2025

Crianças enfrentam mortes e incapacitações em trabalho infantil no país

Acidentes fatais entre crianças e adolescentes no Brasil aumentam 223% em 2024, evidenciando a urgência de medidas contra o trabalho infantil.

Adolescente puxa pilha de caixotes no Rio (Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo/19/12/2023)

Adolescente puxa pilha de caixotes no Rio (Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo/19/12/2023)

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O trabalho infantil no Brasil, embora proibido até os 13 anos, continua a ser uma realidade alarmante. Em 2024, o número de acidentes fatais envolvendo crianças e adolescentes aumentou 223% em relação a 2020, com 42 mortes registradas. Essa situação reflete a deterioração das condições de trabalho e a crescente inserção de jovens no mercado.

Dados do IBGE mostram que, em 2000, cerca de 5 milhões de crianças e adolescentes estavam em situação de trabalho. Em 2022, esse número caiu para 1,6 milhão, mas ainda está longe de cumprir a meta da ONU de erradicar o trabalho infantil. A pandemia de Covid-19 agravou a situação, levando mais jovens a buscar emprego para ajudar suas famílias.

Aumento de Acidentes

A mudança na tendência de acidentes de trabalho, que vinha diminuindo desde 2013, se inverteu em 2020. O aumento de acidentes fatais entre menores de 18 anos é alarmante, com mais de mil crianças e adolescentes incapacitados total ou parcialmente desde 2007. Entre as vítimas, 22 tinham menos de 13 anos. A médica sanitarista Élida Hennington, da Fiocruz, aponta que a maior participação em trabalhos perigosos e insalubres contribuiu para esse aumento.

O trabalho infantil "invisível", que não é detectado pelos órgãos de controle, também é uma preocupação. O Ministério do Trabalho resgata cerca de 3 mil crianças anualmente de atividades inadequadas. Casos de crianças em situações extremas, como manuseio de querosene em fábricas têxteis e trabalho em açougues, são comuns.

Consequências Sociais

A precarização do trabalho infantil não apenas coloca em risco a vida das crianças, mas também compromete o futuro do país. A saída de jovens da escola para o mercado de trabalho reduz suas chances de ascensão social, perpetuando o ciclo da pobreza. Com mais crianças e adolescentes em situações de trabalho precário, o Brasil enfrenta um desafio significativo para mudar seu patamar de desenvolvimento.

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