31 de jul 2025
Sandro Veronesi apresenta reflexão sobre a vida do homem comum ao público engajado
Autores discutem a literatura do cotidiano na Flip, abordando temas de imigração e memória em mesas que conectam experiências humanas universais

Pedro Guerra (à esq.) e Sandro Veronesi participam da mesa 'A Extraordinária Vida Comum' na Flip 2025 com mediação de Gabriela Mayer (à dir.) (Foto: Divulgação)
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A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), um dos principais eventos literários do Brasil, ocorre até 3 de agosto no Centro Histórico de Paraty, reunindo autores, jornalistas e leitores. Nesta quinta-feira, a mesa "A Extraordinária Vida Comum" trouxe o italiano Sandro Veronesi e o brasileiro Pedro Guerra, mediada pela jornalista Gabriela Mayer.
Os autores, com estilos distintos, exploraram a literatura do cotidiano, destacando a conexão emocional entre leitores e personagens. Veronesi, premiado na Itália, enfatizou a aceitação e a normalidade nas histórias, enquanto Guerra abordou a universalidade das experiências humanas. Durante a mesa, Veronesi leu um trecho de seu novo livro, "Setembro Negro", que retrata um momento de amor juvenil, enquanto Guerra apresentou um trecho mais humorístico de "O Maior Ser Humano Vivo", provocando risos na plateia.
Veronesi refletiu sobre a evolução da literatura, afirmando que "o século 20 foi o século das pessoas comuns". Ele destacou que a literatura se transformou ao passar de narrativas aristocráticas para histórias que retratam a vida cotidiana. Guerra complementou, afirmando que todos se reconhecem em suas normalidades, independentemente de suas origens.
Novas Perspectivas
A Flip também contou com a participação do autor marfinense Gauz e do burundiano Gaël Faye, que discutiram temas de imigração e memória. Gauz, com seu livro "De Pé, Tá Pago", abordou a realidade de imigrantes africanos, enquanto Faye, vencedor do prêmio Renaudot, refletiu sobre o genocídio em Ruanda em "Jacarandá".
Ambos os autores trouxeram à tona a importância de compreender as histórias de sociedades afetadas por traumas históricos. Gauz, com seu humor característico, defendeu a valorização das línguas colonizadas, enquanto Faye apresentou uma visão mais introspectiva sobre os silêncios familiares em torno do massacre.
A Flip 2025 se destaca não apenas pela diversidade de vozes, mas também pela profundidade das discussões, que conectam literatura e experiências humanas universais, reafirmando a relevância da literatura na compreensão do cotidiano e da história.
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