01 de ago 2025
Cacá Diegues compartilha crônica exclusiva no GLOBO sobre sua trajetória artística
Cacá Diegues defende um novo cinema brasileiro que reflita a realidade social e exija apoio estatal para sua sustentabilidade e expansão

Expoente do Cinema Novo, Cacá pensou a cultura brasileira em colunas publicadas de 2010 a 2025 (Foto: Guito Moreto / Agência O Globo)
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O cineasta Cacá Diegues propõe um novo olhar sobre o cinema brasileiro, enfatizando a necessidade de um diálogo com a realidade social do país. Em suas reflexões, ele destaca a importância de uma economia nacional que sustente a produção cinematográfica, com a participação decisiva do Estado.
O movimento do Cinema Novo, que floresceu no final do século XX, foi um marco na história do cinema brasileiro. Com apoio da Embrafilme, cineastas como Glauber Rocha e Luiz Carlos Barreto criaram uma nova linguagem, expressando um realismo crítico e revelando uma poesia até então oculta. Otto Maria Carpeaux descreveu essa nova arte como uma manifestação de um idealismo combativo contra a opressão.
Diegues recorda que, embora o cinema brasileiro tenha enfrentado dificuldades, filmes como "O Assalto ao Trem Pagador" e "Rio, 40 Graus" se destacaram por sua qualidade e relevância cultural. A proposta da nova geração de cineastas era retratar um Brasil autêntico, longe de mitificações, e se conectar com o espectador que se sentia distante das narrativas predominantes.
A Necessidade de um Novo Cinema
Cacá Diegues enfatiza que a construção de um novo cinema no Brasil depende de um retorno à ideia de uma economia nacional que abrace a sétima arte. Ele argumenta que, para que os filmes brasileiros continuem a melhorar, é essencial que haja um suporte estatal robusto, permitindo que a produção cinematográfica se expanda e alcance novos públicos.
A reflexão de Diegues, publicada em colunas no jornal O Globo, faz parte de um especial em comemoração ao centenário do veículo. Ele acredita que a arte cinematográfica deve ser uma ferramenta de transformação social, capaz de abordar as questões contemporâneas e dar voz aos que muitas vezes são silenciados.
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