Projeto resgata clássicos da música brasileira em edições especiais de vinil

O selo Raridades Discos foi lançado em julho de 2023, em uma parceria entre o produtor Marcelo Fróes e outros especialistas do setor, com o objetivo de relançar raridades da música brasileira em vinil. O primeiro álbum da iniciativa, Robson Jorge - The Mauro Motta Sessions, apresenta gravações inéditas do músico Robson Jorge, realizadas entre 1985 e 1992, agora remasterizadas e disponíveis em formato físico.

Fróes, conhecido por seu trabalho no selo Discobertas, destacou a importância do formato físico em uma era dominada pelo digital. O novo selo busca atender a um público que valoriza a experiência de ouvir música em vinil, com produtos que incluem material gráfico caprichado e informações detalhadas sobre as faixas. O álbum de Robson Jorge, que inclui 10 faixas, foi gravado em um estúdio caseiro na região serrana do Rio de Janeiro e traz tanto músicas conhecidas quanto quatro inéditas.

O Processo de Produção

A remasterização do álbum foi realizada em equipamentos de alta qualidade, adquiridos por Michel Nath, da Vinil Brasil. Essas máquinas, que pertenciam à antiga gravadora RCA, garantem uma qualidade sonora superior, essencial para os apreciadores de vinil. Nath explicou que o objetivo foi melhorar a qualidade do áudio sem perder as características originais das gravações.

Os produtores Fróes e Ramon Duccini pretendem continuar lançando raridades, aproveitando o crescente interesse pelo vinil no Brasil. Dados recentes indicam que as vendas de vinil cresceram 45,6% no último ano, refletindo uma tendência de rejuvenescimento do público que aprecia esse formato. A loja virtual Record Collector Brasil será responsável pela comercialização exclusiva dos lançamentos do selo.

O Futuro do Selo

Os idealizadores do Raridades Discos já planejam novos lançamentos, incluindo a possibilidade de transformar o álbum Antologia Acústica, de Zé Ramalho, em um vinil duplo. A proposta é continuar a resgatar e disponibilizar gravações que, por muito tempo, estiveram esquecidas ou restritas ao formato digital. Fróes e Duccini acreditam que ainda há um vasto material a ser explorado, com potencial para agradar tanto colecionadores quanto novos ouvintes.