Nino Paraíba entrega tortas durante suspensão e busca novo clube no futebol

Réu confesso na Operação Penalidade Máxima, Nino Paraíba foi punido pelo STJD com dois anos de suspensão e uma multa de R$ 100 mil por manipulação de jogos enquanto jogava pelo Ceará. O jogador, que admitiu ter recebido dinheiro para levar cartões amarelos, completou sua pena e agora busca uma nova oportunidade na Série C.

Após 720 dias afastado dos gramados, Nino, de 39 anos, está liberado para voltar a jogar. Ele se manteve ativo durante a suspensão, participando de jogos na várzea e ajudando sua esposa a vender tortas em sua cidade natal, Rio Tinto, na Paraíba. "Fiz as entregas e me diverti jogando com amigos", afirmou.

O lateral-direito teve seu contrato rescindido com o Paysandu e atuou apenas uma vez pelo clube antes da suspensão. Ele reconhece que sua decisão de entrar no esquema de manipulação foi um momento de fraqueza. "Foi um erro que prejudicou minha carreira. Nunca quis prejudicar o Ceará", declarou.

Nino revelou que, apesar de ter recebido R$ 70 mil pelos cartões, o valor não mudaria sua vida, já que seu salário no Ceará era de R$ 130 mil. Ele lamenta não ter buscado ajuda de amigos ou familiares na época. "Se alguém entrar em contato, converse com seu empresário, com sua esposa. Peça ajuda", aconselhou.

Agora, o jogador está otimista quanto ao retorno ao futebol profissional. Ele acredita que ainda pode atuar na Série B e, quem sabe, voltar à Série A. "Estou preparado e esperando que um clube abra as portas para mim", concluiu.