25 de jul 2025
João Rabello apresenta álbum inspirado nas canções de Paulinho da Viola
João Rabello apresenta "Coração saudade", seu novo álbum que reflete uma nova fase criativa e homenageia o legado de Paulinho da Viola.

Músico João Rabello (Foto: Ana Branco / Agencia O Globo)
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João Rabello, filho de Paulinho da Viola, lança seu novo álbum "Coração saudade", que traz seis faixas autorais e releituras de sambas de seu pai. A mudança na carreira musical de João reflete uma nova fase de criação, impulsionada pela pandemia.
Desde 2004, João toca violão ao lado de Paulinho, mas seus dois primeiros álbuns eram focados em repertórios instrumentais. Agora, ele busca um caminho mais prazeroso na música, afirmando que "é preciso haver um aspecto prazeroso no que você faz". O artista, de 43 anos, destaca que a falta de continuidade em seus shows o levou a repensar sua abordagem musical.
A transformação começou em 2018, quando João se preparou para uma apresentação no projeto Sesc Instrumental. Ele relata que a intermitência dos shows desgastou sua relação com a música. Durante esse período, Paulinho ofereceu uma melodia para que João escrevesse a letra, um processo que se estendeu por anos. Em 2020, a pandemia interrompeu um show que ele e sua irmã, Bia Rabello, estavam preparando, mas a experiência revitalizou sua relação com a música.
Novo Repertório
João compôs mais de 20 canções durante a pandemia, selecionando seis para o álbum. Ele buscou uma conexão entre as músicas, que refletem a obra de Paulinho. "Juntei essas seis porque formam um conjunto", explica. O álbum inclui releituras de sambas como "Catorze anos" e "Encontro", que fazem parte da fase inicial da carreira de Paulinho, marcada por influências do samba e da bossa nova.
A sonoridade de "Coração saudade" é introspectiva, com instrumentação intimista, incluindo violão, tamborim e baixo acústico. João reconhece que seu pai, uma influência constante, elogiou seu trabalho, embora tenha inicialmente questionado a predominância de tons menores nas composições.
João também reflete sobre o cenário atual da música, afirmando que "a lógica do algoritmo é contrária aos artistas". Ele percebe que a inovação enfrenta desafios, mas continua a explorar novas possibilidades em sua carreira solo, que é uma jornada distinta da que viveu ao lado de Paulinho.
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