Tenista brasileiro adota táticas de ídolos para garantir longevidade na carreira

Jannik Sinner, Carlos Alcaraz, Novak Djokovic e Jack Draper não participarão do Masters 1000 de Toronto, que começa neste domingo, devido a lesões. A ausência desse quarteto do Top 10 gera preocupações sobre a saúde dos tenistas, refletindo um cenário crítico no circuito.

Em contrapartida, o tenista brasileiro João Fonseca, de 19 anos, adota uma abordagem cautelosa para evitar lesões. Ele tem priorizado sua saúde ao disputar menos torneios, em contraste com outros atletas da mesma geração. Até agora, Fonseca participou de 15 competições, incluindo uma partida pela Copa Davis, enquanto seus colegas americanos Alex Michelsen e Learner Tien já competiram em 20 e 17 torneios, respectivamente.

Marcelo Meyer, ex-tenista e técnico, elogia a estratégia de Fonseca. Ele destaca a importância de evitar a sobrecarga de competições, que pode levar a lesões prematuras. A equipe do brasileiro se diferencia por não priorizar a ascensão rápida no ranking, focando na longevidade da carreira. Meyer observa que muitos tenistas jovens, como Dominic Thiem, enfrentaram problemas físicos por tentarem competir em excesso.

A temporada de Fonseca é atípica, especialmente por ter disputado o Next Gen Finals no final de 2024, um torneio que não distribui pontos no ranking. Ele também fez pausas estratégicas entre os torneios, como a de quase um mês entre o Masters de Miami e o de Madri. Essa abordagem se assemelha à de Carlos Alcaraz, que busca equilibrar treinos e descanso.

Fonseca inicia sua participação no Masters 1000 de Toronto e, em seguida, competirá no Masters de Cincinnati, ambos preparatórios para o US Open, que começa em 24 de agosto. Ele também está confirmado para a Laver Cup, programada para setembro. A estratégia de cuidar da saúde pode ser crucial para o futuro do jovem tenista.