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29 de jul 2025

Tadalafila se torna popular como pré-treino; conheça os riscos e benefícios

Uso indiscriminado de tadalafila cresce entre atletas, gerando preocupações sobre riscos à saúde e falta de evidências científicas.

Consumo de tadalafila é especialmente preocupante quando combinado com o uso de testosterona, adverte cardiologista (Foto: PooMtyKunG/Adobe Stock)

Consumo de tadalafila é especialmente preocupante quando combinado com o uso de testosterona, adverte cardiologista (Foto: PooMtyKunG/Adobe Stock)

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O consumo de tadalafila no Brasil aumentou significativamente, passando de 21,4 milhões de unidades em 2020 para 67,7 milhões em 2024, conforme dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O uso indiscriminado do medicamento, que é indicado para disfunção erétil e problemas urinários, preocupa profissionais de saúde, especialmente entre atletas que buscam melhorar o desempenho esportivo.

Embora a tadalafila seja segura sob orientação médica, seu uso sem prescrição pode acarretar riscos sérios. O medicamento atua como um inibidor da enzima fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), promovendo a dilatação dos vasos sanguíneos e aumentando o fluxo sanguíneo. Essa ação é a razão pela qual muitos acreditam que ele pode potencializar resultados em atividades físicas, especialmente em esportes de resistência. Contudo, essa crença não é respaldada por evidências científicas.

Riscos do Uso Indiscriminado

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) emitiu um alerta contra o uso da tadalafila sem recomendação médica. O comunicado destaca que o medicamento atua principalmente no corpo cavernoso, não sendo eficaz para a musculatura esquelética, que é o foco dos treinos de força. Além disso, a sensação de "pump" muscular relatada por alguns usuários pode ser apenas um efeito placebo.

Os efeitos colaterais mais comuns incluem dor de cabeça, tontura e alterações visuais. O uso em treinos intensos, especialmente quando combinado com substâncias pré-treino ou álcool, pode resultar em desmaios e complicações cardiovasculares. A cardiologista Luciana Janot alerta que a alteração na resposta hemodinâmica pode aumentar o risco de arritmias.

Dependência e Máscaras de Doenças

Outro ponto crítico é a possibilidade de dependência psicológica do medicamento, especialmente entre jovens saudáveis. O uso recreativo pode mascarar problemas de saúde subjacentes, como hipogonadismo, levando a um atraso no diagnóstico e tratamento. A combinação da tadalafila com hormônios, prática comum em academias, pode resultar em sobrecarga cardíaca e riscos adicionais.

A Anvisa reforça que a venda de tadalafila deve ser feita apenas com prescrição médica, mesmo que não exija retenção da receita. Entre 2019 e 2025, foram registradas 76 notificações de eventos adversos relacionados ao uso do medicamento, o que evidencia a necessidade de acompanhamento profissional. O uso indiscriminado de substâncias controladas para fins estéticos ou de performance representa uma ameaça à saúde pública.

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