14 de jan 2025
Soldados suicidas da Coreia do Norte desafiam as forças ucranianas em combate intenso
Forças especiais ucranianas encontraram soldados norte coreanos mortos em Kursk. Um soldado vivo detonou uma granada ao ser abordado, evidenciando desespero. Estima se que 11 mil soldados da Coreia do Norte estejam envolvidos no conflito. Relatos indicam que muitos soldados são instruídos a cometer suicídio para evitar captura. A situação revela a lealdade extrema dos soldados ao regime de Kim Jong un.
Foto:Reprodução
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As forças especiais da Ucrânia relataram a descoberta de mais de uma dúzia de soldados norte-coreanos mortos em uma batalha recente na região de Kursk, na Rússia. Entre os corpos, um soldado ainda estava vivo, mas ao se aproximarem, ele detonou uma granada, resultando em sua morte. As Forças de Operações Especiais da Ucrânia afirmaram que seus soldados não sofreram ferimentos na explosão. A Reuters não conseguiu verificar a situação de forma independente, mas o incidente é parte de um padrão crescente de relatos sobre a extrema lealdade e medidas desesperadas adotadas por soldados norte-coreanos no conflito.
Kim, um ex-soldado norte-coreano que desertou para a Coreia do Sul, afirmou que muitos desses soldados foram submetidos a uma lavagem cerebral e estão dispostos a se sacrificar por Kim Jong-un. Ele trabalhou na Rússia em projetos de construção para o regime até 2021 e destacou que cerca de 11 mil soldados da Coreia do Norte foram enviados para apoiar as forças russas, com mais de 3 mil já mortos ou feridos, segundo informações de Kiev. Apesar de inicialmente negarem o envio de tropas, tanto a Rússia quanto a Coreia do Norte não descartaram a presença de soldados norte-coreanos no conflito.
Recentemente, a Ucrânia divulgou vídeos de dois soldados norte-coreanos capturados, um dos quais expressou o desejo de permanecer na Ucrânia, enquanto o outro queria retornar à Coreia do Norte. O envio de tropas da Coreia do Norte para a Rússia representa seu primeiro grande envolvimento em um conflito desde a Guerra da Coreia, e analistas alertam que essa experiência pode torná-los mais capazes de enfrentar seus vizinhos. No entanto, há indícios de que esses soldados estão sendo usados como "bucha de canhão", com relatos de suicídios e autodestruição em situações de captura.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou que está disposto a negociar a troca de soldados norte-coreanos capturados por ucranianos detidos na Rússia. Para muitos soldados norte-coreanos, ser capturado é visto como uma traição, levando-os a preferir a morte a serem enviados de volta a Pyongyang. Kim, o desertor, enfatizou que a lealdade extrema ao regime é uma questão de honra, refletindo a realidade brutal enfrentada por esses soldados no campo de batalha.
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