16 de jan 2025
Soldados norte-coreanos se juntam ao conflito na Ucrânia sob comando russo
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, propôs troca de prisioneiros. Cerca de 10 a 12 mil soldados norte coreanos atuam ao lado da Rússia. Captura de soldados norte coreanos aumenta complexidade do conflito. Trocas de armamentos entre Rússia e Coreia do Norte são estratégicas. Relações entre os países evoluíram desde a Guerra Fria, agora mais próximas.
Foto:Reprodução
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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou, no último domingo (12), a disposição de trocar prisioneiros norte-coreanos capturados por soldados ucranianos em troca de ucranianos sob domínio russo. A declaração surge após a captura de dois soldados da Coreia do Norte na região de Kursk, que está parcialmente ocupada por forças ucranianas desde agosto de 2024. A guerra entre Rússia e Ucrânia completará três anos em 24 de fevereiro.
Estima-se que entre 10 mil e 12 mil soldados norte-coreanos estejam lutando ao lado da Rússia desde outubro de 2024, conforme o Departamento de Defesa dos EUA. Esses militares têm sido utilizados para liberar tropas russas para outros combates, embora muitos não tenham recebido o treinamento e o equipamento adequados, atuando como iscas para atrair forças ucranianas. Informações indicam que, diante da iminência de captura, são instruídos a cometer suicídio.
A Coreia do Norte, em troca do envio de tropas e armamentos para a Rússia, tem recebido tecnologia relacionada a programas nucleares e petróleo. Apesar de ter um exército estimado em 1,3 milhão de soldados, a maioria dos militares norte-coreanos não participa de operações fora do país, tornando a experiência no conflito ucraniano uma oportunidade para adquirir conhecimento técnico-militar.
As relações entre Rússia e Coreia do Norte têm uma história complexa, marcada por períodos de aproximação e afastamento desde 1948. A invasão russa da Ucrânia em 2022 reabriu canais de cooperação, com a Coreia do Norte reconhecendo a independência das províncias separatistas de Donetsk e Luhansk. Desde então, os líderes dos dois países se reuniram em diversas ocasiões, reforçando a colaboração militar e política entre eles.
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