Trump assina ordens executivas para banir transgêneros e reverter políticas militares

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que assinará nesta segunda-feira uma série de ordens executivas que visam reverter políticas militares implementadas durante a administração de Joe Biden. Entre as medidas, destaca-se a proibição de membros transgêneros nas Forças Armadas, a revogação de programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e a reintegração de militares que foram dispensados por se recusarem a se vacinar contra a Covid-19, com direito a salário retroativo. As informações foram confirmadas por dois funcionários da Casa Branca.

Trump, que tomou posse novamente como presidente, pretende implementar mudanças significativas na cultura militar, conforme declarado por Pete Hegseth, seu novo secretário de Defesa. As ordens incluem a construção de um sistema de defesa semelhante ao Iron Dome de Israel e a revogação de políticas que promovem a inclusão de gênero nas Forças Armadas. O presidente também pretende proibir o uso de pronomes baseados em identidade de gênero e restringir o acesso de homens a instalações femininas.

Durante um discurso em Miami, Trump afirmou que a eliminação da "ideologia transgênero" é essencial para garantir a eficácia das Forças Armadas. Ele prometeu que, a partir de seu primeiro dia no cargo, acabaria com o que chamou de "delírio transgênero". Estima-se que cerca de 15 mil pessoas transgênero estejam atualmente servindo no exército dos EUA, em um total de aproximadamente dois milhões de membros ativos.

Além disso, Trump se comprometeu a evitar o que considera "doutrinação" dos soldados por ideologias de esquerda, como a teoria crítica da raça. Ele também garantiu a reintegração de qualquer membro que tenha sido afastado por questões relacionadas à vacinação obrigatória. A aprovação de Hegseth como secretário de Defesa foi confirmada pelo Senado na última sexta-feira, e ele declarou que as decisões do presidente seriam implementadas "sem demora e sem exceção".