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28 de jan 2025

Crise alimentar no Afeganistão se agrava com cortes de ajuda e população vive de ‘pão e chá’

O Afeganistão enfrenta crise alimentar severa, com 15 milhões em necessidade. Apenas metade dos necessitados recebe assistência devido a cortes de financiamento. EUA suspenderam ajuda externa, impactando operações humanitárias no país. Restrições do Talibã a mulheres dificultam a entrega de ajuda humanitária. Situação crítica é agravada por emergências globais em outras regiões.

Foto:Reprodução

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A diretora do Programa Mundial de Alimentos (PMA) no Afeganistão, Hsiao-Wei Lee, alertou que a agência consegue alimentar apenas metade dos milhões de afegãos necessitados devido a cortes em ajuda internacional e um congelamento iminente de fundos dos EUA. Em entrevista à Reuters, Lee destacou que muitos afegãos estão sobrevivendo com apenas “pão e chá”. Desde a tomada do poder pelo Talibã em 2021, o país enfrenta uma crise econômica severa, com a suspensão de assistência ao desenvolvimento e restrições ao setor bancário.

A ajuda humanitária, que visa atender necessidades urgentes por meio de organizações sem fins lucrativos, tem diminuído gradualmente, especialmente após o Talibã impor restrições ao trabalho de mulheres, incluindo funcionárias de ONGs. Lee informou que, neste inverno rigoroso, cerca de 6 milhões de afegãos em necessidade aguda de alimentos não estão recebendo ração, resultando em uma dieta limitada. O plano humanitário do Afeganistão para 2024 está apenas metade financiado, segundo dados da ONU, e há preocupações de que esse valor caia ainda mais.

Recentemente, o Departamento de Estado dos EUA emitiu uma ordem de “parada de trabalho” para toda a assistência externa existente e suspendeu novos auxílios, após uma revisão de alocação de ajuda. Isso levanta incertezas sobre o impacto nas operações humanitárias no Afeganistão, que em 2024 contavam com mais de 40% de financiamento dos EUA, o maior doador. Lee expressou preocupação com qualquer redução na assistência, enfatizando que as necessidades são extremamente altas, especialmente entre mulheres e crianças.

Apesar das dificuldades, Lee afirmou que o PMA tem se esforçado para demonstrar aos doadores que ainda está alcançando beneficiárias e seus filhos, mesmo com as restrições. Embora o Talibã tenha ordenado que funcionárias de ONGs parem de trabalhar, muitas organizações humanitárias relataram que receberam isenções, especialmente em áreas como saúde. A situação no Afeganistão continua a ser desafiadora, com a necessidade de apoio humanitário se tornando cada vez mais urgente.

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