29 de jan 2025
Governo Lula avalia postura cautelosa diante da crise de deportações com Trump
O governo Lula propõe grupo de trabalho para discutir deportações com os EUA. Crise entre Colômbia e EUA surge após bloqueio de voos militares com deportados. Cancelamento da reunião da Celac reflete falta de consenso entre os países. Lula busca esclarecer tratamento de deportados brasileiros após críticas. Ex chanceler destaca necessidade de diálogo sobre nova política migratória de Trump.
Foto:Reprodução
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O governo Lula (PT) considera que sua abordagem em relação à política de deportações de Donald Trump foi adequada, conforme relatado pelo colunista Tales Faria no UOL News. O Palácio do Planalto optou por uma postura cautelosa, evitando decisões apressadas, e planeja sugerir a criação de um grupo de trabalho com os EUA para discutir as deportações de brasileiros. Em contraste, o presidente colombiano Gustavo Petro adotou uma resposta mais imediata, convocando a Celac para discutir a questão, mas enfrentou dificuldades diplomáticas.
A deportação de cerca de 200 colombianos, incluindo Daniel Oquendo, gerou confusão e críticas ao tratamento recebido. Oquendo relatou que foi deportado em um voo militar, onde a experiência foi marcada por desorganização e desumanização. Petro, ao bloquear a entrada de voos militares dos EUA, buscou garantir um tratamento mais digno para os deportados, mas acabou cedendo às pressões dos EUA, que ameaçaram sanções comerciais. O presidente colombiano enfatizou que "um migrante não é um criminoso" e deve ser tratado com dignidade.
A estratégia de comunicação do governo brasileiro na crise dos deportados foi de firmeza, mas evitando confrontos diretos com os EUA. O governo enfatizou que os deportados são trabalhadores e famílias, evitando termos provocativos. A ordem era manter um tom de "nacionalismo afirmativo", sem dar margem a reações da Casa Branca. Ex-embaixadores recomendam cautela e diplomacia, evitando impulsividade nas respostas.
O cancelamento da reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) foi atribuído à falta de consenso entre os países, com a presidente Xiomara Castro destacando que alguns priorizaram interesses não alinhados com a unidade regional. A reunião visava discutir as recentes mudanças na política migratória dos EUA, especialmente após a crise diplomática entre Colômbia e Estados Unidos.
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