02 de fev 2025
Kurdish comandante propõe estado secular e civil na Síria pós-Assad
O regime Assad caiu em dezembro após 54 anos, resultando em meio milhão de mortes. Mazloum Abdi se reuniu com Ahmad al Sharaa para discutir um estado secular e descentralizado. Abdi defende a permanência das tropas dos EUA para combater o Estado Islâmico. O novo governo suspendeu a constituição de 2012 e dissolveu o exército sírio. Kurds não buscam autonomia, mas desejam um governo central em Damasco.
Foto:Reprodução
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O comandante das Forças Democráticas Sírias (SDF), Mazloum Abdi, afirmou que a recente queda da família Assad deve ser seguida pela construção de um estado secular e descentralizado, que trate todos os cidadãos de forma igual, independentemente de religião ou etnia. Em entrevista, Abdi mencionou que se reuniu com o novo presidente interino da Síria, Ahmad al-Sharaa, em Damasco, onde as partes estão negociando o futuro do país, incluindo a situação dos curdos.
A família Assad, que governou a Síria por 54 anos, foi deposta em dezembro de 2024, após a captura de Damasco por insurgentes do grupo islamista Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Abdi destacou que a dissolução do exército e das agências de segurança do regime é um passo histórico e que a nova Síria não deve restaurar o partido Baath. Ele enfatizou a necessidade de um diálogo contínuo para moldar o futuro do país.
Embora Abdi tenha afirmado que os curdos não buscam autonomia como no norte do Iraque, ele defendeu um estado descentralizado que permita a gestão local. Ele ressaltou que a SDF, que controla 25% da Síria, ainda não concordou em se dissolver, mas está disposta a integrar-se ao ministério da Defesa. A situação das forças de defesa e a estrutura de segurança do novo governo permanecem indefinidas.
Abdi também pediu que as tropas dos EUA permaneçam na Síria, argumentando que a retirada beneficiaria o grupo extremista Estado Islâmico (IS). Ele lembrou que os extremistas se aproveitaram do vácuo de poder após a queda de Assad e capturaram armamentos abandonados. O comandante expressou esperança de que a coalizão internacional não se retire, pois a presença dos EUA ainda é crucial na luta contra o IS.
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