05 de fev 2025
El Salvador oferece prisão sem carne e visitas para deportados dos EUA
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, propôs receber prisioneiros dos EUA. O Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot) é a maior prisão da América Latina. Bukele busca uma taxa dos EUA para financiar o sistema penitenciário salvadorenho. Elon Musk elogiou a proposta, enquanto a oposição criticou a iniciativa. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, defendeu o acordo como segurança.
Foto:Reprodução
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Prisioneiros deportados dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, podem ser enviados para El Salvador, conforme proposta do presidente Nayib Bukele. Na última segunda-feira, Bukele ofereceu o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot) para receber esses detentos, incluindo cidadãos norte-americanos, "em troca de uma taxa". O Cecot, inaugurado em janeiro de 2023, é a maior prisão da América Latina, projetada para abrigar até 40 mil detentos, mas atualmente confina cerca de 15 mil, muitos deles membros das gangues MS-13 e Barrio 18.
O Cecot, localizado a 75 km de San Salvador, possui segurança máxima, sem visitas aos prisioneiros, que são monitorados 24 horas por dia. Com um efetivo de 1.000 agentes penitenciários, 600 soldados e 250 policiais, a vigilância é intensa. Os detentos vivem em condições rigorosas, sem acesso a carne nas refeições e utilizando apenas as mãos para comer, com uniformes padronizados. As celas são equipadas com camas de aço inoxidável e não há colchões, limitando o conforto dos prisioneiros.
Bukele afirmou que a taxa recebida pelo governo salvadorenho seria "bastante modesta" para os EUA, mas significativa para financiar o sistema penitenciário local. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, apoiou a proposta, afirmando que o acordo aumentaria a segurança nos Estados Unidos ao permitir o encarceramento de criminosos de diversas nacionalidades. No entanto, a oposição em El Salvador criticou a iniciativa, alegando que o país se tornaria um "quintal de Washington".
A proposta de Bukele gerou repercussão nas redes sociais, com o empresário Elon Musk elogiando a ideia. A discussão sobre o acordo continua, refletindo as tensões entre a segurança pública e os direitos humanos em El Salvador, onde o governo é acusado de repressão violenta sob a justificativa de combater a criminalidade.
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