Ataques aéreos dos EUA no Iêmen deixam mortos e geram polêmica sobre vítimas reais

Ataques aéreos supostamente realizados pelos Estados Unidos em Saada, reduto dos rebeldes houthis no Iêmen, resultaram na morte de duas pessoas e ferimentos em outras nove, conforme informado pelo grupo neste domingo, 6. Um vídeo postado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugere que o número total de vítimas pode ser maior do que o admitido pelos houthis. As imagens exibidas pelo canal Al-Masirah mostraram a destruição de um prédio de dois andares, que os houthis descreveram como uma loja de itens de energia solar.

Desde março, a Casa Branca confirmou que mais de 200 ataques foram realizados contra os houthis, em resposta a suas ações que impactam a navegação no Oriente Médio. Os houthis, que recebem apoio do Irã, relataram que a campanha de bombardeios já causou a morte de pelo menos sessenta e nove pessoas, embora não tenham reconhecido vítimas entre sua liderança de segurança e militar. Essa omissão foi questionada após a divulgação do vídeo por Trump.

No vídeo, publicado no sábado, 5, Trump mostrou um ataque aéreo que deixou uma grande cratera, afirmando que os houthis estavam reunidos para planejar um ataque. Ele não forneceu detalhes sobre o local do ataque. O Comando Central das Forças Armadas dos Estados Unidos, responsável pelas operações na região, não comentou sobre o vídeo ou os ataques realizados desde 15 de março.

A escalada dos ataques aéreos ocorre em meio ao conflito entre Israel e Hamas, que tem gerado tensões adicionais na região. A situação no Iêmen continua a ser complexa, com os houthis enfrentando uma intensa pressão militar, enquanto a comunidade internacional observa as consequências humanitárias do conflito.