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06 de abr 2025

Constituições na América Latina: utopias e realidades distantes da democracia

Santiago Muñoz Machado analisa a discrepância entre ideais e realidades políticas. A nova Constituição da Nicarágua centraliza poderes na presidência bicéfala. A história constitucional da América Latina é marcada por caudilhos e instabilidade. A utopia democrática se transforma em autoritarismo, como evidenciado na Nicarágua. Revoluções na região frequentemente resultaram em desilusão e repressão contínua.

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A análise de Santiago Muñoz Machado sobre as constituições da América Latina destaca a discrepância entre os ideais democráticos e a realidade política, frequentemente dominada por caudilhos e instabilidade. Em seu estudo, Muñoz Machado observa que as constituições, embora inspiradas em princípios iluministas, muitas vezes se tornam meras ilusões em contextos onde a autoridade é exercida de forma arbitrária.

Recentemente, a promulgação da nova Constituição da Nicarágua exemplifica essa deterioração democrática. O texto elimina a separação de poderes e estabelece uma presidência bicéfala, permitindo que um copresidente e uma copresidenta governem de forma conjunta e indefinida. Essa mudança representa um afastamento radical dos princípios democráticos, consolidando o poder em uma estrutura que favorece a impunidade e a perpetuação no cargo.

Muñoz Machado ressalta que as constituições latino-americanas foram, em muitos casos, utopias que não se concretizaram em realidades políticas estáveis. A história da região é marcada por tentativas de modernização que falharam em se apropriar dos modelos democráticos importados, resultando em regimes autoritários e conflitos internos. A nova Constituição da Nicarágua reflete essa tendência, ao abolir os mecanismos de controle e equilíbrio entre os poderes do Estado.

A análise conclui que a distância entre o ideal democrático e a prática política na América Latina se torna cada vez mais estreita, como evidenciado pela recente mudança na Nicarágua. A eliminação de estruturas que garantem a independência dos poderes do Estado representa um passo significativo em direção a um regime que ignora os direitos e liberdades fundamentais, reforçando a crítica de Muñoz Machado sobre a fragilidade das instituições democráticas na região.

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