02 de mai 2025
Conflitos sectários na Síria deixam quase 100 mortos e Israel intensifica intervenções
Conflitos sectários na Síria resultam em mais de 100 mortes, com Israel bombardeando áreas em apoio à minoria drusa.
Foto:Reprodução
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Conflitos sectários na Síria resultam em mais de 100 mortes
Confrontos entre milícias leais ao governo sírio e a minoria drusa deixaram mais de 100 mortos em Jaramana e Sahnaya, subúrbios de Damasco. Os conflitos começaram após a circulação de uma gravação falsa que ofendia o profeta Muhammad. A situação se agravou com bombardeios israelenses em apoio aos drusos.
Os combates, que duraram quatro dias, são os mais intensos desde a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro. A tensão entre os drusos e as forças do governo vinha aumentando, com um pequeno confronto já registrado em março. A gravação que provocou os recentes distúrbios foi atribuída a um clérigo druso, que negou sua responsabilidade.
Israel intervém no conflito
Israel lançou bombardeios em áreas próximas a Damasco, afirmando que não permitirá que as tropas sírias avancem em regiões drusas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, destacaram que a proteção da comunidade drusa é uma prioridade. A resposta militar israelense ocorreu após os confrontos se espalharem para a cidade de Sakhnaya.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos reportou que, entre os mortos, estão 61 combatentes drusos, 30 membros das forças de segurança e 11 civis. O líder religioso druso Hikmat al Hajrin denunciou uma "campanha genocida" contra os drusos e pediu intervenção internacional.
Tensões sectárias em um contexto de transição
A Síria vive um momento delicado de transição política, com a nova administração enfrentando desafios para garantir a segurança de minorias religiosas. A comunidade drusa, que representa cerca de um milhão de pessoas no mundo, teme a ascensão de grupos islâmicos extremistas. Desde a queda de Assad, a insegurança aumentou, com ataques anteriores por parte do Estado Islâmico em 2018.
A ONU e o Departamento de Estado dos Estados Unidos condenaram a violência e a retórica contra os drusos, pedindo moderação de todas as partes envolvidas. A situação continua a evoluir, com esforços de líderes drusos para estabelecer um acordo com as autoridades e evitar mais derramamento de sangue.
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