Trump anuncia aumento do comércio com Índia e Paquistão após cessar-fogo na Caxemira

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo, 11, a intenção de aumentar o comércio com Índia e Paquistão após um cessar-fogo na Caxemira. A declaração foi feita em sua rede social Truth e destaca seu papel como mediador em conflitos internacionais, incluindo a guerra na Ucrânia.

Trump expressou orgulho pela ajuda dos Estados Unidos na decisão histórica de trégua entre os dois países, que possuem arsenal nuclear. Ele afirmou que, mesmo sem discussões prévias, pretende incrementar as relações comerciais com essas nações. O anúncio surge em um contexto de escalada militar na Caxemira, onde confrontos e trocas de disparos ocorreram desde o fim de abril, após um ataque que deixou 26 mortos.

Conflitos Persistentes

O governo indiano atribui o ataque a grupos terroristas paquistaneses, enquanto Islamabad nega envolvimento. Apesar do cessar-fogo, novos episódios de violência foram relatados neste domingo. O Ministério das Relações Exteriores da Índia informou que um comandante paquistanês contatou um oficial indiano, e uma reunião militar bilateral está agendada para segunda-feira, 12.

A disputa pela Caxemira remonta a 1947, quando a antiga colônia britânica foi dividida. Desde então, Índia e Paquistão travaram três guerras, mantendo uma presença militar constante na região. Ambos os países reivindicam a totalidade do território, com a Índia controlando cerca de dois terços.

Preocupações Internacionais

A comunidade internacional teme uma escalada mais grave do conflito, especialmente devido ao arsenal nuclear de ambos os países, que somam mais de 340 ogivas nucleares, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri). A retórica de Trump na crise entre Nova Delhi e Islamabad se alinha a seus esforços para mediar a guerra na Ucrânia, buscando reposicionar os Estados Unidos como uma força pacificadora global.

A Índia é o décimo maior parceiro comercial dos Estados Unidos, com trocas que superaram US$ 130 bilhões em 2024. Trump não detalhou como pretende aumentar essas relações, nem se envolverá cortes tarifários ou novos acordos bilaterais. Até o momento, não houve menção oficial do Departamento de Estado sobre uma mediação ativa por parte de Washington.