Rússia critica Vaticano como mediador em negociações com a Ucrânia após ataques

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, expressou ceticismo sobre a possibilidade do Vaticano ser o local para futuras negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. A declaração ocorreu em meio a esforços de líderes ocidentais para que a Santa Sé atue como mediadora. Lavrov afirmou que não seria elegante para países ortodoxos discutir questões do conflito em um ambiente católico.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, havia mencionado que o Papa Leão XIV estava disposto a sediar as negociações. Entretanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que nenhuma decisão sobre o local das conversas foi tomada até o momento. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que Kiev está avaliando várias opções, incluindo o Vaticano, para uma nova reunião com os russos.

Troca de Prisioneiros

Em um desdobramento recente, Donald Trump anunciou uma "grande" troca de prisioneiros entre os dois países, embora não tenha fornecido detalhes sobre se essa troca estava relacionada a negociações anteriores. O ex-presidente americano parabenizou ambos os lados pela negociação, sugerindo que isso poderia levar a um avanço significativo no conflito.

Enquanto isso, os combates continuam intensos. O Ministério da Defesa da Rússia informou que derrubou 112 drones ucranianos em ataques aéreos. Os ataques se intensificaram, especialmente em Moscou, onde os aeroportos foram paralisados. Na região de Lipetsk, um drone caiu em uma zona industrial, resultando em feridos.

A situação permanece tensa, com a expectativa de novas rodadas de negociações, mas sem progresso concreto até o momento. A deterioração das relações entre o Vaticano e a liderança ortodoxa russa pode complicar ainda mais o cenário diplomático.